NAGOYA - A DIS comprou no fim de semana mais 10% dos direitos econômicos de Ganso, e agora tem 55% contra 45% do Santos. A parte adquirida sábado por R$ 5 milhões pertencia ao jogador, e não interessou ao presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro nem aos integrantes da Teisa, a empresa de investimento formada por empresários santistas.
Por contrato, o Santos teve um mês a partir do momento em que foi comunicado da intenção da DIS para decidir se pagava os R$ 5 milhões para Ganso.
O prazo venceu no dia da reeleição de Luis Alvaro, a 48 horas do embarque para o Mundial, e a resposta foi 'não'.
É uma decisão surpreendente para uma diretoria que alardeia há um mês a disposição de oferecer ao meia um projeto de carreira semelhante ao que transformou Neymar num dos jogadores mais bem pagos do mundo. Se o clube aposta tanto na valorização de Ganso, fica difícil entender o motivo de não ter investido R$ 5 milhões para aumentar sua fatia numa eventual venda para o exterior. E se 10% dos direitos dele estão avaliados em 2 milhões, significa que seu valor é de 20 milhões - menos da metade dos 50 milhões estipulados em sua multa rescisória.
O Santos paga suas contas em dia, mas não tem fôlego para vôos solo em contratações ou investimentos como o que deixou de fazer para ter mais 10% dos direitos econômicos de Ganso. O peso do elevado valor (R$ 1,5 milhão) que o clube tem de pagar de juros mensais de sua dívida inibe grandes gastos. Daí vem a necessidade de pedir ajuda constantemente a parceiros - como o BMG e a Teisa, por exemplo.
Em sua guerra com a DIS, Luis Alvaro vive dizendo que 'Ganso não é bobo e já percebeu que perdeu R$ 5 milhões este ano por ter dado ouvidos aos seus agentes e não ter assinado o contrato que lhe oferecemos'. Agora que o Grupo Sonda colocou esse valor no bolso do jogador, o argumento do presidente não tem mais validade. E a imagem que fica é que foi a DIS, e não o Santos, que recompensou o meia.
Mudo. Talvez seja esse o motivo de Ganso ter sido o único titular a não falar com a imprensa nos dois primeiros dias do Santos em Nagoya. Evitou os repórteres no aeroporto, não foi à coletiva organizada pela FIFA ontem de manhã sob a alegação de estar com dor de estômago e foi o único jogador a não passar pela área de entrevistas depois do treino da noite - Neymar também não, mas já tinha falado como um papagaio pela manhã.
Há duas versões para explicar o fato de o maestro do time estar arredio. Uma é que ele tem evitado a imprensa para não ter de falar sobre algo que o está aborrecendo, e a outra é que a assessoria de imprensa do clube o tem blindado para evitar que ele diga algo contra a diretoria.
É uma pena que continuemos vendo as coisas sendo administradas amadoramente e dependendo do que se fez em um passado recente. Não posso assinar isto, mas tenho quase certeza de que se o Santos FC., quisesse e fosse a um banco arrumaria este dinheiro, mas resta acreditar, se eles acreditam no meia atacante, se eles sabem do que estão fazendo e resta saber se acreditam no futuro de seus próprios planos, esta é a questão.
Fonte: Luís Augusto Mônaco, estadao.com.br Foto: Divulgação.Comentário: Roberto Queiroz Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.
NAGOYA - The DIS bought over the weekend more than 10% of the economic rights of Ganso, means Paulo Henrique, and now have 55% versus 45% of Santos. The part acquired on Saturday for R$5 million belonged to the player, and not interested to the President Alvaro Luis Ribeiro de Oliveira or to members of TEISA, the investment firm formed by entrepreneurs of Santos.
It is a strange decision of the directory that was supposed to offer a similar project equal to that offered to Neymar, which became one of the highest paid players in the world. If the club bet on Ganso, it is difficult to understand why they don’t invested R$5 million to increase its share in an eventual sale. If 10% of his rights are valued at 2 million, meaning that his value is 20 million - less than half of the 50 million stipulated in his dismissal penalty.
The Santos pay your bills on time, but no breath for solo flights in contracts or investments, as to get over 10% of the economic rights of Ganso. The weight of the high value (U.S. $ 1.5 million) that the club have to pay monthly creates a constant debt and inhibits large expenditures. Hence the need of help by the partners - such as BMG and Teisa.
By contract, the Santos had one month from the time it was notified of the intention of DIS to decide to pay the R$5 million to Ganso.The deadline has been reached and the answer of Alvaro Luis, 48 hours before the fly to the Cup Club World, in Japan, was 'no'.
In their war with the DIS, Luis Alvaro said that “Ganso isn’t a fool and realized that lost R$5 million this year for having listened to their agents and not signed the contract that we offered." Now that the Sonda group putted this value in the pocket of the player, the president's argument has no more validity. And the image that remains is that the DIS was, not the Santos, who rewarded him.
In silence. Maybe this is why Ganso has been the only one to not talk to the press in the first two days of the Santos in Nagoya. He avoided reporters at the airport, and don’t appeared in the conference that was organized by the FIFA yesterday morning under the allegation of a stomachache.
There are two versions to explain the fact that the maestro of the team being withdrawn. One is that he has avoided the press for not having to talk about something that is bothering him, and the other is that the spokesperson of the club is shielding him to prevent it and to not say anything against the board.
It's a shame that we continue to see things being managed with so much amateurism. I can’t sign this, but I'm pretty sure that if Santos went to a bank had get this money, now only left believe, if they really bet on the player future, if they know what they are doing and believe the question is whether the future plans of their own, that is the question.
Source: Luis Augusto Monaco estadao.com.br Photo: Disclosure.
Comment: Roberto Queiroz Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.
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