Rio
de Janeiro – Durante sua carreira de décadas no futebol, Romário de Souza
Faria, malandro de jogo bonito amado no Brasil, gostava de provocações. Ele
festejava até de madrugada enquanto seus companheiros amargavam a concentração,
brigava com torcedores, menosprezava repetidamente o rei Pelé e sempre
reclamava de ter de treinar.
"Se
me tornarei um técnico no futuro?" disse ele certa vez, antes de marcar
seu milésimo gol e pendurar as chuteiras. "De jeito nenhum. Eu nunca
conseguiria aguentar um sujeito como eu." Naturalmente, mesmo assim ele
acabou treinando por um tempo seu antigo clube, o Vasco da Gama.
Hoje,
porém, Romário vem agitando os brasileiros num novo domínio: a política.
Eleito
para o congresso em 2010, Romário, com 46 anos e ostentando vários cabelos
brancos, surgiu como um dos parlamentares mais francos do Brasil, defendendo os
direitos de deficientes físicos e oferecendo críticas contundentes sobre a
cultura política brasileira e suas preparações para a Copa do Mundo de 2014.
E
de forma ainda mais surpreendente, Romário – que costumava dizer que seus
companheiros de seleção chegavam para treinar na mesma hora em que ele voltava
das boates – também figura entre os políticos mais esforçados do país,
possuindo um registro de presença quase perfeito.
"A
tendência de todos é evoluir", declarou Romário numa recente entrevista em
sua cobertura na Praia do Pepe, uma das faixas de areia mais exclusivas do Rio.
De
fato, Romário parece ter adotado tal mudança pessoal que os passantes às vezes
precisam olhar duas vezes para reconhecê-lo. Usando óculos e quase sempre de
terno preto, o ex-atacante de 1,65 metro, cujo apelido continua sendo
"Baixinho", quase poderia ser confundido com um auditor.
O
congresso brasileiro recebe novatos bastante inusitados. Um palhaço
profissional, chamado Tiririca, venceu as eleições de 2010 num voto de
protesto. O boxeador Acelino de Freitas, conhecido como Popó, e dois jogadores
de futebol, Danrlei de Deus Hinterholz e Deley de Oliveira, completam uma lista
de ex-atletas profissionais que hoje atuam na política.
Mas
nenhum possui a estrela de Romário, cuja jornada da boca do gol à Câmara de
Deputados permanece impressionante, até mesmo para ele. A incursão na política,
segundo ele, só fez sentido após a chegada de seu sexto filho, a menina Ivy,
que nasceu em 2005 com síndrome de Down.
Ele
conta que seus primeiros momentos após ser informado da doença foram terríveis,
e ele se perguntava: "O que foi que eu fiz? Estou pagando por algum pecado
de meu passado?" Sua esposa, Isabella Bittencourt, acalmou-o dizendo que
Deus lhes havia enviado Ivy.
Em
retrospecto, hoje ele diz que sua filha o ajudou a amadurecer, oferecendo um
propósito como político. Após juntar-se ao Partido Socialista, ele começou a
focar nos direitos dos deficientes e sua contribuição foi fundamental para a
aprovação de uma lei, intitulada em homenagem à sua filha, criando subsídios
especiais para portadores de deficiências.
"Finalmente
me acostumei com Brasília", afirmou ele sobre a capital, explicando que
levou meses para captar a importância das regras arcanas de senioridade e
decoro no congresso.
Ainda
assim, os longos e prolixos discursos de colegas parlamentares o aborrecem –
assim como sua visão aparentemente descontraída sobre o trabalho no
legislativo. "Estou em Brasília há três semanas e nada acontece",
escreveu Romário no Twitter em fevereiro. "Será que o ano realmente começa
após o carnaval?"
Membros
novatos do congresso não deveriam fazer declarações como essa sobre seus
colegas, o que talvez explique parte da admiração conquistada por Romário fora
de Brasília. Chamando-o de "uma voz no deserto", a escritora Lya Luft
louvou sua coragem num artigo sobre a prestação de contas na política brasileira.
As
críticas de Romário ao sistema político brasileiro se intensificaram nas
últimas semanas, quando ele atacou os preparativos do país para a Copa do Mundo
de 2014 – processo que vem sendo marcado por escândalos de corrupção, atrasos
nas obras e greves de trabalhadores na construção dos estádios.
Irritando
a FIFA, a federação internacional de futebol, os parlamentares brasileiros
também brigaram por meses sobre uma controversa lei instaurando a estrutura
legal para a Copa do Mundo, com autoridades brasileiras discutindo a
possibilidade de vender bebidas alcoólicas nos estádios. Jerome Valcke,
secretário-geral da FIFA, enfureceu as autoridades esportivas brasileiras ao
citar os atrasos com uma frase polêmica – pedindo um "chute no
traseiro" para colocar as coisas em movimento. Embora o senado tenha
finalmente aprovado a lei da Copa do Mundo, em maio, Romário declarou que
infelizmente tinha de concordar com Valcke.
"Ele
está totalmente certo", afirmou Romário, mesmo reconhecendo que algo pode
ter se perdido na tradução das palavras do secretário-geral. "O Brasil
está muito atrasado e precisa acordar", continuou ele. "Nós
brasileiros, feliz ou infelizmente, deixamos muita coisa para o último minuto.
Isso significa que muito dinheiro será roubado de nossos bolsos."
Romário,
explicando seu temor de que as construtoras poderiam estar atrasando
propositalmente os projetos para contornar normas de auditoria e licitações,
não está sozinho em expressar preocupação com os preparativos do Brasil. Porém,
sua proeminência no mundo do futebol e sua origem nas favelas do Rio fazem com
que suas opiniões se sobressaiam.
Nascido
na favela do Jacarezinho, ele se mudou para a Vila da Penha aos 3 anos.
Recrutado ainda adolescente para jogar pelo Vasco da Gama, ele seguiu carreira
na Europa, jogando na Holanda, para o PSV Eindhoven, e na Espanha, para o
Barcelona.
Deixado
de lado na Copa de 1990 devido a um tornozelo inchado, ele alcançou a grandeza
na vitória do Brasil em 1994 – agitando triunfalmente a bandeira brasileira da
cabine do DC-10, fretado que trouxe a seleção nacional de volta para casa.
O
Brasil também comprovou o senso de merecimento do jogador após um escândalo
sobre a decisão, por parte das autoridades fiscais, de permitir que o time
vitorioso voltasse com televisores, churrasqueiras, computadores e outros itens
– tudo sem pagar nenhum imposto. "Nós representamos o Brasil",
argumentou ele na ocasião. "Se não liberarem minha bagagem, devolvo minha
medalha."
A
disposição de Romário para falar sem rodeios, muitas vezes empregando gírias
das ruas do Rio, elevou sua notoriedade. Cultivando alguns rancores até hoje,
ele mantém uma eterna rixa com Pelé, que questionou a validade de sua contagem
de mil gols.
"Quando
Pelé fica quieto, ele é um poeta", declarou Romário. "Mas quando abre
a boca, não acrescenta nada."
Apesar
dos ternos feitos sob medida, óculos e outros adornos do poder em Brasília,
Romário afirma ainda ser o mesmo homem que corria para cima e para baixo no
campo. A controvérsia parece gostar dele – como quando sua habilitação foi
apreendida numa batida policial, no ano passado, depois que ele se recusou a
fazer o teste do bafômetro.
"Era
o meu direito recusar", explicou Romário – que mais tarde na mesma noite
foi fotografado numa casa noturna carioca.
Segundo
Romário, o enxaguante bucal Listerine poderia ter indicado erroneamente que ele
havia bebido, e insistiu que ele raramente se entrega a qualquer bebida
alcoólica além de uma ocasional taça de prosecco. Além disso, ele disse que
havia proposto recentemente uma lei para tornar os testes de bafômetro
obrigatórios em casos suspeitos de embriaguez ao volante.
Embora
suas visões sobre a vida política tenham evoluído – ou estejam pelo menos em
transformação –, suas opiniões sobre o futebol permanecem teimosas como sempre.
Ele
ainda acha que os grandes goleadores merecem mais privilégios que outros
jogadores. Ele elogia os talentos de alguns atacantes, incluindo o brasileiro
Neymar da Silva Santos Junior, Lionel Messi, da Argentina, e Cristiano Ronaldo,
de Portugal. Mesmo assim, respeito relutante é uma coisa; humildade é outra.
Quando
questionado se esses excepcionais atacantes possuem seu nível de talento, ele
respondeu que não. "Eles são ótimos jogadores, mas não são nenhum
Romário", explicou.
"Para
entrar pra história como Romário", prosseguiu ele, referindo-se a si mesmo
na terceira pessoa, como é seu costume, "eles precisam vencer uma Copa do
Mundo".
Com
essas palavras, ele voltou os olhos às areias da Praia do Pepe. Um jogo de
futevôlei, o esporte brasileiro que combina futebol e vôlei e exige uma
destreza espantosa, o chamava. Era sexta-feira, afinal, e os corredores doe
poder em Brasília pareciam muito distantes.
Ele
insistiu que era o mesmo Romário de sempre, e que seu apetite pelas escapadas
noturnas e brigas públicas permanecia forte. Mas num raro lampejo de
introspecção, ele também reconheceu que essas ações trazem consequências.
"Eu
pago minhas contas", concluiu ele. "E sinto a minha dor."
Não
resta a menor dúvida de que o “baixinho” é complicado e ronhento/dificil, mas,
assino embaixo em 90% do que ele fala. Fico somente pensando se estas viagens a
Brasilia não estão lhe fazendo mal, pensando que somos todos ingênuos ou
estúpidos com esta história do Listerine e do proseco, não tem mal nenhum em se
tomar uns tragos, mais se tem que ter responsabilidade, além de dinheiro e
notoriedade, tem que ter vergonha, portanto, dar este "Miguel", pega mal, leve um motorista, afinal meu
camarada, dinheiro não é problema para quem é mais um dos Deputado Federal que
tem um dos maiores salários do mundo.
Este
negócio de abrir a boca e dizer uma coisa e fazer outra já passou, a verdade
vem à tona, cedo ou tarde. Pois ainda lembro sobre o pagamento da “pensão alimentícia”,
de preços de carros subfaturados, declaração de imposto de renda falsa,
pagamento de condomínio, leilão de bens, etc., agora que o povo lhe deu o
mandado, no mínimo o que tens afazer é ser digno e honrar esta confiança.
Por Simon
Romero, The New York Times News Service/Syndicate. The New York Times News
Service/Syndicate – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de
reprodução sem autorização por escrito do The New York Times._NYT_
Comentário:
Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.
Rio de Janeiro - During his career in football for decades, Romario de Souza Faria, beloved trickster of the beautiful game in Brazil, was fond of provocations. He partied until dawn while their companions was at the club at concentration, fighting with fans, at night life and repeatedly belittled the King Pele and always complained of having to train.
"If I become a coach in the future?" he once said, before scoring his thousandth goal and retire. "No way. I could never handle a guy like me." Of course, even then he ended up coaching for a while his former club Vasco da Gama.
Rio de Janeiro - During his career in football for decades, Romario de Souza Faria, beloved trickster of the beautiful game in Brazil, was fond of provocations. He partied until dawn while their companions was at the club at concentration, fighting with fans, at night life and repeatedly belittled the King Pele and always complained of having to train.
"If I become a coach in the future?" he once said, before scoring his thousandth goal and retire. "No way. I could never handle a guy like me." Of course, even then he ended up coaching for a while his former club Vasco da Gama.
Today, however, Romário has been
shaking Brazilia in a new area: politics.
Elected to Congress in 2010,
Romario, 46 years and various sporting white hair, has emerged as one of
Brazil's most outspoken lawmakers, defending the rights of disabled people and
offering sharp criticism on the Brazilian political culture and its
preparations for the FIFA 2014 World Cup.
And even more surprising,
Romario - who used to say that his fellow selection came to train at the same
time that he returned from the night life, the clubs - also among the most
hardworking politicians in the country, having an almost perfect attendance
record.
"The trend is all evolve," Romario said in a recent interview in its coverage in Praia do Pepe, one of the most exclusive stretches of sand in Rio de Janeiro.
"The trend is all evolve," Romario said in a recent interview in its coverage in Praia do Pepe, one of the most exclusive stretches of sand in Rio de Janeiro.
In fact, Romario seems to have
adopted such personal change that passersby sometimes need to look twice to
recognize it. Glasses and almost always in a
black suit, the former striker of 1.65 meters, whose nickname is still
"Shorty," could almost be mistaken for an auditor.
The Brazilian congress gets
beginners very unusual. A professional clown named
Tiririca won the 2010 elections a protest vote. The boxer Acelino Freitas,
known as Popó, and two football players, Danrlei of Deus Hinterholz and Deley
de Oliveira, they are a complete list of former professional athletes today in
politics.
But none has the star like Romario,
whose journey from the mouth of the goal to the House of Representatives
remains impressive, even for him. The foray into politics, he
said, made sense only after the arrival of her sixth child, the girl Ivy, who
was born in 2005 with Down syndrome.
He said his first moments after
being told of the disease were terrible, and he wondered: "What did I do?
I'm paying for some sins of my past?" His wife, Isabella Bittencourt,
calmed him by saying that God had sent Ivy.
In retrospect, he now says his daughter helped him to mature, providing a purpose as a politician. After joining the Socialist Party, he began to focus on the rights of disabled people and their contribution was instrumental in passing a law, called in honor of his daughter, creating special allowances for people with disabilities.
In retrospect, he now says his daughter helped him to mature, providing a purpose as a politician. After joining the Socialist Party, he began to focus on the rights of disabled people and their contribution was instrumental in passing a law, called in honor of his daughter, creating special allowances for people with disabilities.
"Finally I got used to
Brasilia," he said of the capital, explaining that took months to capture
the importance of the arcane rules of seniority and decorum in Congress.
Still, the long-winded speeches
and parliamentary colleagues hate him - as well as his vision apparently
relaxed about the work in the legislature. "I'm in Brasilia for
three weeks and nothing happens," Romario wrote on Twitter in February. "Did the year really begin
after the carnival?"
New members of Congress should
not make statements like this about his colleagues, which may explain part of
the admiration won by Romario outside Brasilia. Calling it "a voice in
the wilderness," the writer Lya Luft praised his courage in an article on
accountability in Brazilian politics.
Criticism of Romario the
Brazilian political system intensified in recent weeks, when he attacked the
country's preparations for the World Cup 2014 - a process that has been marked
by corruption scandals, construction delays and strikes by workers in the
construction of stadiums .
Annoying FIFA, world football
federation, the Brazilian parliamentarians also fought for months over a
controversial law which established the legal framework for the World Cup with
the Brazilian authorities discussing the possibility of selling alcoholic
beverages in the stadium. Jerome Valcke, secretary
general of FIFA, angered the Brazilian sports officials citing delays with a
controversial statement - calling for a "kick in the ass" to put
things in motion. Although the Senate has
finally approved the law of the World Cup in May, Romario said that
unfortunately had to agree with Valcke.
"He's absolutely
right," said Romario, recognizing that something may have been lost in the
translation of the words of Secretary-General. "Brazil is long overdue
and needs to wake up," he continued. "We Brazilians,
fortunately or unfortunately, leave much to the last minute. This means that
much money will be stolen from our pockets."
Romario, explaining his fear
that the building could be purposely delaying projects to circumvent accounting
standards and bidding, is not alone in expressing concern about the
preparations of Brazil. However, its prominence in the
world of football and its origin in the favelas of Rio make their views stand
out.
Born in the Jacarezinho slum, he
moved to Vila da Penha when was three years older only. Recruited as a teenager to
play for Vasco da Gama, he started a career in Europe, playing in Holland for
PSV Eindhoven, and Spain, for Barcelona also.
Set aside in the 1990 World Cup
due to a swollen ankle, he achieved greatness in Brazil's victory in 1994 -
Brazilian flag waving triumphantly to the cabin of the DC-10, chartered to
bring the national team back home.
Brazil has also demonstrated the
sense of entitlement of the player after a scandal over the decision by the tax
authorities, to allow the winning team came back with televisions, barbecues
staff, computers and other items - all without paying any tax. "We represent
Brazil," he argued at the time. "If you do not release my
luggage, I will give back my medal."
The provision of Romario to
speak bluntly, often using slang from the streets of Rio, increased its
notoriety. Cultivating some grudges to
this day, he keeps an eternal feud with Pele, who questioned the validity of
your score a thousand goals.
"When Pele is quiet, he is
a poet," said Romário. "But when opens his
mouth, adds nothing."
Despite the tailored suits,
glasses and other trappings of power in Brasilia, said Romario still be the
same man who ran up and down the field. The controversy seems to like
him - like when your license was seized in a raid last year, after he refused
to take breathalyzer test.
"It was my right to
refuse," said Romario - who later the same night he was photographed at a
nightclub in Rio.
According to Romario, the
mouthwash Listerine could have erroneously stated that he had drunk, and
insisted that he rarely indulges in any alcoholic beverage and an occasional
glass of prosecco wine. Moreover, he said he had
recently proposed a law to make mandatory breathalyzer tests in suspected cases
of drunk driving.
Although his views on politics
have evolved - or at least are changing - their opinions on the game remain
stubborn as ever.
He still thinks the big ballers
deserve more privileges than other players. He praises the talents of some
attackers, including the Brazilian Neymar da Silva Santos Junior, Lionel Messi
of Argentina and Cristiano Ronaldo, Portugal. Even so, grudging respect is
one thing, humility is another.
When asked if these attackers
have their exceptional level of talent, he said no. "They are great players,
but are not like Romario," he said.
"To go down into history as Romario," he continued, referring to himself in third person, as is his custom, "they need to win a World Cup."
"To go down into history as Romario," he continued, referring to himself in third person, as is his custom, "they need to win a World Cup."
With these words he turned his
eyes to the sands of Praia do Pepe. A game of foot volley, wait to
start. Brazilian sport that combines football and volleyball and requires an
astonishing dexterity, and called him. It was Friday, after all, and
runners can donate in Brasilia seemed very distant.
He insisted that Romario was the
same as ever, and that his appetite for nightly escapades and fights public
remained strong. But in a rare flash of
insight, he also recognized that these actions bring consequences.
"I pay my bills," he concluded. "And I feel my pain."
"I pay my bills," he concluded. "And I feel my pain."
There is little doubt that the
"little short" (Romário, nick name) is complicated and tuff, but I subscribe below 90% of what he
speaks. I'm just thinking if they
traveling to Brasilia are not doing him wrong, thinking that we are all naive
or stupid with this history of Listerine and proseco, has no harm in taking a few
drinks, but you have to take responsibility, as well as money and notoriety, it has to be
ashamed, therefore, take a private driver, after my buddy, money is no problem
for anyone who is now a Federal Deputy and has one of the highest salaries of
the political career in the world.
This business to open your mouth
and say one thing and doing another has passed; the truth comes out sooner or
later. Well I still remember on the problems with payment of "child alimony", price under values for sale your cars,
declaration of false income tax, payment of condominium later, auction of his
possessions, etc..,
Now that the people gave him the
mandate as a Federal Deputy, at least what you have to do now is to be worthy of that trust and honor.
By Simon Romero, The New York
Times News Service / Syndicate. The New York Times News
Service / Syndicate - All rights reserved. It is forbidden any kind of
reproduction without written permission of The New York Times._NYT_
Comment: Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.
Comment: Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.