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17 de outubro de 2012

MPF QUER ANULAR CLÁUSULA DE SIGILO DOS CONTRATOS RELACIONADOS À COPA DO MUNDO EM SP / MPF WANTS TO CANCEL A CONFIDENTIALITY CLAUSE OF THE CONTRACTS RELATED TO THE WORLD CUP IN SP



PREFEITURA TEM 10 DIAS PARA RESPONDER.

O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo recomendou ao prefeito Gilberto Kassab que anule a cláusula de confidencialidade que impede a divulgação integral do Acordo-Sede, documento celebrado entre a Prefeitura Municipal de São Paulo e o COL (Comitê Organizador Local) da Copa do Mundo de 2014.

Para o procurador da República José Roberto Pimenta Oliveira, a cláusula representa “graves restrições ao princípio constitucional da publicidade” e deve ser anulada por ilegalidade. O prefeito terá prazo de 10 dias, a partir do recebimento, para informar ao MPF se acata ou não a recomendação datada do dia 5 de outubro e, em caso positivo, quais as medidas adotadas. Caso a recomendação não seja acatada, o MPF poderá adotar as “medidas judiciais cabíveis”.

O documento trata dos direitos e obrigações do Município de São Paulo e do COL na realização da Copa do Mundo de 2014, e uma de suas cláusulas estabelece o termo de confidencialidade do contrato.

Oliveira faz parte do Grupo de Trabalho criado pelo MPF para acompanhar a aplicação de verbas federais na realização da Copa de 2014. No ano passado, ele começou a acompanhar os preparativos para a realização de “Fan Fests”, locais determinados onde haverá a exibição pública dos jogos. A previsão é de que milhares de torcedores acompanhem os jogos nessas “Fans”.

Nesse trabalho, o MPF requisitou uma cópia integral do Acordo-Sede e constatou que o documento não estava disponível em nenhum sítio eletrônico governamental de acesso público. “No bojo do contrato celebrado entre o Município de São Paulo e o COL não há nenhuma situação a justificar possível ressalva decorrente de 'sigilo imprescindível à segurança da sociedade e do Estado'”, ressalta o procurador.

Segundo ele, a confidencialidade impede o livre acesso ao documento por parte dos órgãos de controle da Administração Pública, em especial o Tribunal de Contas e o Ministério Público. O procurador lembrou, também, que a Lei de Acesso à Informação garante ampla divulgação de todos os contratos celebrados pelos entes públicos.

O MPF recomendou a Kassab que, além da anulação, determine a suspensão imediata dos efeitos da cláusula de confidencialidade e promova ampla divulgação do Acordo-Sede no sítio governamental da Prefeitura. E que, mediante processo administrativo, anule o item, reconhecendo que “não há sustentação jurídica para a confidencialidade ou sigilo”.

“A mesma iniciativa deve ser adotada para os demais Acordos-Sede, celebrados com os demais Municípios-Sede de jogos da Copa do Mundo de 2014”, afirmou Pimenta, que considera intolerável a confidencialidade de documentos públicos, o que dificulta o controle social da atuação da Administração Pública.

Assino embaixo, acabou o tempo em que se usava o dinheiro dos nossos impostos sem mostrar onde foi e como foi. Estamos no século XXI e os políticos precisam aprender que são funcionários do País e quem os paga somos nós, donos dos recursos, portanto, tem que dar conta deste dinheiro e mostrar onde está.

Fonte: estadão. Foto: divulgação.Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.

CITY HAVE 10 DAYS TO RESPOND.

The MPF (Federal Prosecutor) in Sao Paulo mayor Gilberto Kassab recommended to annul the confidentiality clause that prevents full disclosure of the Headquarters Agreement, a document signed between the Municipality of São Paulo and the LOC (Local Organizing Committee) Cup 2014 World.

To the Attorney José Roberto Pepper Oliveira, the clause is "severe restrictions on the constitutional principle of publicity" and must be annulled by illegality. The mayor will have 10 days, from receipt to inform the MPF if accepts or not the recommendation dated the 5th of October and, if so, what measures are taken. If the recommendation is not heeded, the MPF can take the "legal measures".

The document addresses the rights and obligations of the Municipality of São Paulo and the COL in achieving World Cup 2014, and one of its clauses establishes the confidentiality term of the contract.

Oliveira is part of the Working Group created by the MPF to monitor the application of federal funds in achieving the 2014 World Cup. Last year, he began to follow the preparations for holding "Fan Fests" where there will be some local public exhibition of the games. It is expected that thousands of fans follow the games these "Fans".

In this work, the MPF requested a full copy of the Headquarters Agreement and found that the document was not available in any electronic government website for public access. "At the core of the contract between the Municipality of São Paulo and the COL there is no situation to justify possible exception due to 'confidentiality essential to the security of society and the state'," says the attorney.

He said the confidentiality prevents free access to the document by the control bodies of the public administration, in particular the Court of Auditors and prosecutors. The prosecutor noted, too, that the Access to Information Act ensures full disclosure of all contracts awarded by public entities.

The MPF Kassab recommended that in addition to annulment, determine the immediate suspension of the effects of the confidentiality clause and promote wide dissemination of the Headquarters Agreement in place Prefectural government. And that, through administrative proceedings, set aside the item, acknowledging that "there is no legal support for confidentiality or secrecy."

"The same approach must be adopted for other Headquarters Agreements concluded with the other Host Cities of the World Cup games in 2014," said Pepper, who considers intolerable confidentiality of public documents, making it difficult to control the social performance of Public Administration.

I sign below, over the time that it politicians were using our tax money without showing where it was and how it was. We are in the XXI century and the politicians need to learn that they are employees in the country and who pays the tax, means, us, are owners of these resources, so that has to account for this money and show where it is.

Source: Estadão. Photo: divulgação.
Comentário: Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.

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