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9 de janeiro de 2013

FIFA ESTUDA UM NOVO SISTEMA “REVOLUCIONÁRIO” DE TRANSFERÊNCIA / FIFA HOLDS FURTHER TALKS ON “REVOLUTIONARY” NEW TRANSFER SYSTEM



FIFA continua conversa sobre a sua proposta de transferências global de jogadores, com este conceito (GPX), que afirma que irá "revolucionar" o mercado de transferência, ajudando os clubes, a evitar o uso de agentes.

As palestras foram realizadas com os clubes pelo Comitê da FIFA, em sua primeira reunião de 2013 nesta terça-feira. O program GPX está sendo desenvolvido pelo Sistema de Transferência (TMS) em conexão com o lançamento de uma série de serviços “Premium”, que deverão ser oferecidos aos clubes diretamente, por uma taxa a ser revelada. A FIFA disse que os novos serviços opcionais terão o objetivo principal de melhorar a transparência das negociações. 

A FIFA disse que um total de 11.555 transferências internacionais aconteceu em 2012, com a taxa média de comissão paga pelos clubes para "intermediários" em torno de 28%. A plataforma GPX procurará fornecer um serviço seguro e privado através do qual os clubes assinantes serão capazes de acessar informações de mercado e interagir uns com os outros. O novo serviço também vai permitir que os clubes pudessem buscar informações sobre os jogadores, incluindo a sua disponibilidade.

Em um comunicado da FIFA mostra que: "a consulta dos interessados ​​extensiva mostrou que a maioria dos clubes tem recursos limitados para acessar informações sobre o pool de jogador profissional e muitas vezes têm de contar com intermediários, aumentando assim os custos do clube." A FIFA e o TMS estão atualmente planejando a implementação do sistema GPX com múltiplas partes interessadas, incluindo os membros que são os clubes e associações. "Isso vai revolucionar o sistema de transferência internacional e nacional", acrescentou o Comitê de Clubes presidente Jacques Anouma.

Nesta reunião de terça-feira (08/01.13), também abordou o espinhoso tema da propriedade de terceiros (TPO) de jogadores. O comitê foi avisado da situação atual em relação à análise das diferentes abordagens regulatórias sobre TPO dos direitos econômicos dos jogadores a nível nacional, com avaliações detalhadas sendo realizados - incluindo uma análise de risco legal. A FIFA disse em um recente centro Internacional de Estudos Esportivos (CIES), que foi apresentado, indicando que 15% dos agentes licenciados na Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Espanha celebraram acordos de TPO.

A FIFA acrescentou que: "Foi reiterado pela comissão de que uma solução global consistente deve ser encontrada para garantir a integridade do jogo."

Minha opinião:

Pelo exposto a FIFA está novamente pisando na bola, ou seja, quando tentou remover o Agente Credenciado da negociação e agora em colocar um programa de computador para uma tarefa tão delicada pois, tira também a possibilidade dos atletas de desenvolverem sua carreira com um profissional, estão tentando colocar nas estatísticas o futuro de uma pessoa, em um caminho completamente equivocado onde só se enxergam números, ou seja, dinheiro, infelizmente. 

O que a FIFA precisa fazer é mostrar sua força, e começar com sua própria transparência interna, acabando de vez com este sistema que perpetua seus dirigentes, pois como pode a FIFA falar em justiça e transparência, se quem está dentro não sai e quem está fora não entra.

Tem que tirar os intermediários do futebol sim, e a quem quer trabalhar dentro de uma legalidade, se torne Agente Credenciado, então cabe a entidade dar ao Agente FIFA sua condição de falar pelo atleta e pelo clube, já pensaram em acabar com a função do Advogado? como ficaria a vida dos mais desprotegidos, pensem nisto. Assim é também no Futebol, onde o Atleta - sem o auxílio de um Agente FIFA - não passa de Zé ninguém sem capacidade de lutar pelo o que merece, pois não tem os recursos/conhecimentos para isso, ou vai dizer que um jogador sabe os regulamentos da FIFA ou de suas confederações? E os clubes iriam deixar ele ter direitos, porém, nós sabemos. Enquanto que os Clubes tornam-se entidades centralizadoras e muito mais fortes do que são hoje, cada dia mais profissionalizadas, do contrário também sucumbirão. 

Será regulando as Federações corretamente, com normas e regras que sejam cumpridas e seguidas propriamente, agindo energicamente em todos os casos onde o ilícito for comprovado, tirando os maus agentes também, os que agem como “donos de jogadores”, os próprios empresários, ou empresas usando o futebol para ganhar mais do que em qualquer outro empreendimento, e, inclusive, em detrimento da instituição que usa seus nefastos serviços - que estão, por isso, falidas -, que os Clubes conseguirão maior retorno em seus investimentos e os atletas receberão o justo pelos seus serviços. Pois, os clubes precisam cada vez atentar por uma profissionalização, ter mais conhecimento e saber administrar seu patrimonio que deve ser seus jogadores.

A FIFA não consegue ser mais contraditória, pois primeiro criou o Agente Credenciado para dar transparência aos negócios, pois assim poderia controlar tudo; o registro do atleta, do Agente, o momento de transforma-lo em jogador profissional,  sua vida futura, até as próprias negociações, onde a comissão pelos serviços prestados por Advogados e empresários no mundo da bola teria que diminuir (concordo nisso também, tem gente que tira até a metade do que o jogador ganha), a FIFA estipulou 10%, o que é uma boa participação, desde que se faça a coisa como deve ser. Mas, parou por aí, nunca teve força, nem vontade, para ir adiante, criou uma aberração no sistema, juntando-se aos outros que já tinham status e estabilidade que são os empresários, os donos de jogadores e as empresas que usam o futebol com se fosse a Bolsa de Valores, e os clubes juntamente com os jogadores, que são os que fazem o espetaculo, serem apenas coadjuvantes.

Insinuou que iria tirar do jogo a possibilidade de lavagem de dinheiro no futebol, acabar com o intermediário, com as empresas que se envolvem na compra e venda apenas visando o lucro, depois, ventilou que iria acabar com os Agentes, uma obra sua, porque os “intermediários” continuavam donos da bola (por sua culpa exclusivamente), agora fala em montar um sistema que liga os clubes e os jogadores, ora, está claro que ela vê muito dinheiro correndo ao largo, por fora, e, no seu entendimento, essa fortuna deve correr somente para a sua direção.   

Quando falou em acabar com os Agentes FIFA e fui contra, foi por entender que se já havia um caos no mercado onde até vendedor de picolé fala que tem “jogador”, pelo menos aqui no Brasil, Nigéria, Gana e outros Países de terceiro mundo, agora o mercado iria realmente ficar ao sabor da corrente, neste esgoto, que é o futebol. Agora quer deixar à cargo de um programa de computação a vida, o futuro e o desenvolvimento do próprio futebol, tudo movido apenas pela ganância, está completamente equivocada, deve se usar estes recursos para ajudar a termos transparência e lisura nos negócios, mas não para assumir o lugar do homem.

Aqui no Brasil já temos isto mostrado através da própria CBF, e das Federações, quem entra no esquema se perpetua e de lá ninguém sai jamais. E a CBF, que já de muito tempo, não cuida do desenvolvimento do futebol brasileiro. E hoje cuida apenas em amealhar dinheiro com a venda da Seleção Nacional, pagando salários astronômicos aos seus servidores e com bônus que somente os políticos recebem em nosso País.

Precisamos ter na direção dos clubes, pessoas de idoneidade ilibada, pessoas com conhecimento do que é o negócio do futebol, como se deve administrar, pois na maioria são apenas torcedores. Por exemplo, criando consultorias, convênios como o da FGV para ensinar, instruindo o executivo de futebol propriamente, inclusive criando-o, até pporque o negócio do futebol começa errado, começa com instituições sem dono e com mandados de 2 anos apenas, o que se pode fazer para consertar uma coisa que tem dezenas de anos, feito equivocadamente. O negócio futebol precisa ser reformulado no Brasil começando pelos clubes, que tem que se tornar "empresas", do contrário estas mudanças irão apenas complicar e embaralhar mais ainda o que a FIFA anda querendo mudar.

Estamos vendo as coisas saindo do eixo, apenas por olharem a situação através do prisma chamado, dinheiro. Até quando somente o futuro poderá mostrar.

Fonte: SOCCEREX. Foto: Divulgação.
Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz Junior.

FIFA has held further talks over its proposed Global Player Exchange (GPX) concept, which it states will “revolutionize” the transfer market by helping clubs, avoid using agents.
The talks were held as FIFA’s Committee for Club Football staged its first meeting of 2013 on Tuesday. GPX is currently being developed by FIFA’s Transfer Matching System (TMS) in connection with the rollout of a series of premium services. FIFA said the new optional services will have the same core aim of improving transparency. FIFA said a total of 11,555 international transfers took place in 2012, with the average rate of commission paid by clubs to “intermediaries” standing at around 28%. The GPX platform will seek to provide a secure and private service through which subscribing clubs will be able to access market information and interact with each other. The new service will also allow clubs to search for information on players, including their availability.
A FIFA statement read: “Extensive stakeholder consultation has shown that most clubs have limited resources for accessing information on the professional player pool and often have to rely on intermediaries, thus increasing club costs.” FIFA TMS is currently planning the implementation of GPX with multiple stakeholders, including clubs and member associations. “This will revolutionize the international and national transfer system,” added Committee for Club Football chairman Jacques Anouma.
Tuesday’s meeting also broached the thorny subject of third-party ownership (TPO) of players. The committee was advised on the current situation with regard to analyzing the various regulatory approaches on TPO of players’ economic rights at national level, with detailed assessments currently being conducted – including a legal risk analysis. FIFA said that a recent International Centre for Sports Studies (CIES) study was presented, indicating that 15% of licensed agents in England, France, Germany, Italy and Spain have entered into TPO arrangements. FIFA added: “It was reiterated by the committee that a consistent global solution must be found to ensure the integrity of the game.”
My opinion:
For the all above FIFA is again stepping on the ball, she has mistaken when planned to withdraw the FIFA Agent from the negotiation a now when will introduce a computer program to do the transference, because it removes the professional capable of evolving the athlete's career life properly, putting a person in statistics to drive his future is a non-sense way of "cutting" the mediator and will do the clubs only see numbers, well, money, unfortunately. 

What to do (the way I understand) would show their strength, and begins with its own internal transparency, ending once with this system that perpetual its leaders, because those inside will not go out and who's out, can not enter.

You have to take the intermediate from the football, and give to the FIFA Agent, because the Agent it's the condition to the athlete to speak and be heard, and not be so vulnerable. Regulating Federations correctly with rules and regulations are complied with and followed properly, acting energetically in all cases where the offense is established, taking also the bad actors, those who act as "masters of players," the entrepreneurs themselves, or companies using football to earn more than in any other endeavor, and even at the expense of the institution using their nefarious services, and are bankrupt, because not everyone follows the rules of the entity itself.

First created the FIFA Agent, to give transparency to the business, so he could control everything from the record of the athlete, transforming it into a professional player, even control your future life, because the committee itself for services provided by lawyers and businessmen in ball world, wanted to decrease (also accept it, there are people that takes up half the winning player) and FIFA has stipulated 10%, which is well attended, provided they do the thing properly. But stop there, never had the strength and will to go forward, created an aberration in the system, joining others who had status and stability (entrepreneur, owner of the player).

Hinted that the game would take the possibility of money laundering in football, ending the intermediary, with the companies that are involved in buying and selling players for profit only, then fanned it would end with these agents works of their own creation because "intermediaries" were still owners of the ball (his fault entirely), now in talks to set up a system that connects the clubs and the players directly, because you see a lot of money and run off into their mind, this fortune should run only its direction.

When he spoke about ending the Agents and went against FIFA, was by now understand that there was a chaos in the market where even popsicle vendor says he has "player", at least here in Brazil, Nigeria, Ghana and other third world countries now the market would really get with the flow in this sewer, which is football. Now he wants to leave the post of a computer program to life, development and the future of football itself and everything moved only by greed.

Here in Brazil we have seen that by the CBF, and Federations, who enters the scheme is perpetuated there and nobody ever comes out. And the CBF, which have much time, do not take care of the development of Brazilian football, delegated to others and cares only amass money from the sale of the National Team, paying astronomical salaries to their servers and with bonuses that only politicians receive in our Country.

We need to have toward the clubs themselves, people of unblemished reputation, people with knowledge of what is the business of football, how to administer, since most are just fans. For example, creating consultancies, covenants as FGV for teaching, instructing the executive of football itself, including creating their own career inside these clubs.

We are seeing things coming out of the shaft, just by looking at the situation through the prism called “money”. Even, only the future will tell us what should be.
Source: Soccerex. Photo: Divulgação.
Comment: Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.


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