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4 de fevereiro de 2014

SEM OBRAS DE MOBILIDADE, CHEGAR AOS ESTÁDIOS SERÁ UM DESAFIO PARA TORCEDOR NA COPA / WITHOUT MOBILITY WORKS, GET TO STADIUMS WILL BE A CHALLENGE FOR THE WORLD CUP FANS


RIO DE JANEIRO, 3 Fev (Reuters) - Na Copa do Mundo proposta pelo Brasil à FIFA havia a previsão de obras ambiciosas de mobilidade urbana que dariam acesso fácil aos estádios, mas o não cumprimento das promessas nas cidades-sede colocará muitos torcedores em sistemas de transporte público deficientes.

Os planos para o Mundial previam projetos de transporte nas cidades para facilitar o acesso às arenas, onde o padrão FIFA não permite o acesso dos torcedores de carro, e os deslocamentos entre locais-chave, como aeroportos e hotéis.

O último levantamento do governo sobre as obras do Mundial, no entanto, aponta uma redução de quase 30 por cento nos investimentos previstos em mobilidade urbana entre abril de 2012 e setembro de 2013, uma queda de 11,35 bilhões de reais para 8,02 bilhões. Projetos de metrô e veículo leve sobre trilhos foram substituídos por simples corredores de ônibus.

Por razões de segurança, a FIFA determina na Copa do Mundo um raio de isolamento ao redor dos estádios de ao menos 1 quilômetro (em algumas cidades chegará a 3 km), área em que só entram os carros credenciados. A orientação das autoridades é que os torcedores utilizem o transporte público nas 12 cidades-sede do Mundial, apesar das deficiências, ou que enfrentem caminhadas.

A maioria das cidades-sede terá linhas extras de ônibus e rotas especiais nos dias de jogos do Mundial, uma maquiagem para a Copa que não esconde a oportunidade perdida pelo país de deixar um legado justamente na área que motivou os protestos em massa no ano passado durante a Copa das Confederações.

"Todos esses projetos estão sendo realizados com o pensamento equivocado de atendimento à Copa do Mundo. Não serão legados, serão uma recuperação de demanda passada", disse o professor Paulo Resende, coordenador do núcleo de infraestrutura e logística da Fundação Dom Cabral.

"O Brasil perdeu em não deixar um grande legado", acrescentou.

Em Manaus, que receberá quatro jogos da Copa, incluindo o clássico Inglaterra x Itália, não haverá nenhuma obra de mobilidade concluída para o torneio. Os projetos de BRT (corredor expresso de ônibus) e monotrilho, previstos inicialmente para serem concluídos em março deste ano, foram suspensos ou abandonados por problemas ambientais e judiciais que impediram o término tempo.

No fim do ano passado, Porto Alegre retirou 10 projetos de mobilidade da matriz de responsabilidade da Copa, documento que lista todas as obras voltadas para a realização do torneio, porque nenhuma delas ficaria pronta a tempo. Também foram cortadas obras em Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife.

"Isso tudo vai desembocar necessariamente na utilização de alternativas, de planos B, na área de mobilidade urbana, chegando ao ponto da decretação de feriados para que os turistas não se exponham ao dia a dia do brasileiro", acrescentou o professor.

"VERGONHOSO"

Sedes da abertura e da final da Copa, São Paulo e Rio de Janeiro podem ser consideradas exceções devido à facilidade relativa para se chegar aos estádios por meio de trem e metrô, mas as duas principais cidades do país também deixaram de concluir projetos de mobilidade previstos para o Mundial.

O corredor de ônibus saindo do aeroporto internacional carioca só ficará pronto para os Jogos Olímpicos de 2016, enquanto a capital paulista não terá mais para o Mundial um monotrilho previsto inicialmente.

Eventuais problemas nos transportes dos torcedores são, desde o princípio da preparação brasileira, um dos principais pontos de atenção da FIFA, que cobra das autoridades brasileiras "garantir que os visitantes internacionais e os fãs de futebol no Brasil tenham uma experiência agradável durante a Copa do Mundo".

"O transporte é uma de nossas maiores preocupações durante os preparativos para a Copa do Mundo da FIFA 2014", disse a FIFA em nota enviada à Reuters.

Sem as obras de mobilidade urbana, as cidades esperam reduzir os impactos negativos dos problemas no transporte com um número menor de pessoas nas ruas nos dias de jogos. A maioria das sedes já anunciou que haverá feriado ou ponto facultativo nas datas das partidas, além de antecipação das férias escolares para coincidir com o período do Mundial.

A Copa das Confederações, evento-teste para o Mundial realizado no ano passado em seis cidades do país, deu uma primeira mostra dos problemas. Forçado a deixar em casa seu meio de transporte favorito, o torcedor brasileiro se viu, muitas vezes, no meio do caos.

"O problema grave que, se não for melhorado vai ser vergonhoso para meu Estado particularmente, é a saída dos jogos. Todos os torcedores têm que ir para uma fila pegar os ônibus de volta para o metrô, e essa fila levou quase duas horas para chegar na estação", disse o administrador de empresa Luiz Cádena, de 36 anos, que assistiu ao duelo Itália x Japão em Recife no ano passado.

"Não tem como escoar tanta gente com essa estrutura de transportes. É realmente preocupante esse caso. Iremos passar vergonha com essa situação se não melhorar", acrescentou.

Na realidade, iremos passar um grande mico, mesmo decretando feriado nos dias de jogos, pois, já vivemos num caos diário, transporte público no Brasil é uma coisa que não existe, o que existe é um transporte caótico e ruim que transporta o povo como se fosse lixo. Já estou tratando de procurar outro País para assistir a Copa do Mundo de meu País, em um bar qualquer em um dos Países da América Central, sai mais barato, é mais cômodo e certamente muito mais seguro.

Fontes: Pedro Fonseca (Reuters). Foto: Reuters. Tradução: Roberto Queiroz. Comentário: Roberto Queiroz.

RIO DE JANEIRO, Feb 3 ( Reuters ) - At the World Cup bid to FIFA in Brazil was the prediction of ambitious works of urban mobility that would give easy access to the stadiums, but not the fulfillment of the promises in the host cities will put fans in many systems deficient public transportation.

Plans for the World Cup predicted transportation projects in cities to facilitate access to the arenas, where the FIFA standard does not allow access by fans car, and offsets between key locations such as airports and hotels.

The last government survey on the works of the World, however, shows a reduction of almost 30 percent in planned investments in urban mobility between April 2012 and September 2013, a fall of R $ 11.35 billion of reais to 8.02 billion. Projects subway and light rail were replaced by simple bus lanes.

For security reasons, the FIFA World Cup planning, determining a radius of insulation around the stadiums of at least 1 km ( in some cities reach 3 miles), an area where only enter the certified car. The orientation of the authorities is that fans use public transportation in the 12 host cities of the World Cup, despite the shortcomings, or facing hikes.

Most host cities will have extra bus routes and special routes in the days of games of the World Cup should be holidays for a makeup that does not hide the lost opportunity for the country to leave a legacy precisely in the area that prompted mass protests last year during the Confederations Cup.

"All these projects are being carried out with the wrong thinking of attending the World Cup. Legacy will not be, will be a recovery of past demand, "said Professor Paulo Resende, coordinator of the core infrastructure and logistics of the Foundation Dom Cabral.

"Brazil lost in not leaving a great legacy," he added.

In Manaus, which will host four World Cup matches, including the classic England v Italy, there will be no works mobility done to help the mobility to the tournament. The BRT projects (express bus corridor) and Monorail, originally scheduled to be completed in March this year, were suspended or abandoned for environmental and legal problems that prevented completion time.

Late last year, Porto Alegre withdrew 10 mobility projects the matrix of accountability Cup, document that lists all the works aimed at the achievement of the tournament, because none of them would be ready in time. Works in Belo Horizonte, Curitiba , Rio de Janeiro and Recife were also cut.

"This will all necessarily culminate in the use of alternatives, plan B, in the area of ​​urban mobility to the point of declaration of holidays for tourists who are not exposed to the daily lives of the Brazilian cities" added the professor.

"SHAMEFUL"

In the opened and the final ceremony of the World Cup, at Sao Paulo and Rio de Janeiro can be considered exceptions, due to the relative ease to get to the stadium by train and subway, but the two main cities of the country also failed to complete mobility projects planned for the World Cup too.

The bus lane coming out of Rio's international airport will only be ready for the Olympic Games in 2016, while the state capital of São Paulo will have no more on the World Cup the monorail originally planned .

Any problems in transport of the fans are from the beginning of Brazil's preparation, one of the main focuses of FIFA, which charges the Brazilian authorities to "ensure that international visitors and football fans in Brazil have a pleasant experience during the World Cup world."

"Transportation is one of our biggest concerns during preparations for the FIFA World Cup 2014," FIFA said in a statement sent to Reuters.

Without the works of urban mobility, the cities hope to reduce the negative impacts of transport problems with a smaller number of people in the streets on match days. Most of the cities have already announced that there will be holiday or optional point on the dates of the matches, as well as anticipation of school holidays to coincide with the World Cup period.

The Confederations Cup, was a test event for the World Cup held last year in six cities in the country, and gave a first show of the problems. Forced to leave at home they favorite means of transport (car), the Brazilian fans have seen, often in the midst of chaos.

"The serious problem which, if not improved will be particularly embarrassing for my state, is the output of the games. All fans have to go to a line to catch the bus back to the subway, and that line took almost two hours to arriving at the station, "said a business administrator Luiz Cadena, 36, who watched the duel Italy x Japan in Recife last year.

"There's no drain to so many people with this transport structure. It's really a disturbing case. 

We have embarrassment with this situation if is not improving," he added.

In fact, we should have a monkey business, even decreeing holiday on match days because, as we live and need a public transport, is a chaos in Brazil every day, is something that does not exist, there is a peoples carries as if it were trash. I'm already trying to find another country to watch the World Cup of my country, in a bar in any one of the Central American countries, is cheaper, is more comfortable and certainly much safer.

Sources: Peter Fonseca (Reuters). Photo: Reuters. Translation: Roberto Queiroz. Comment: Roberto Queiroz.


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