O
comandante exige mais foco dos seus jogadores nos próximos compromissos da seleção.
De acordo com o treinador, isso será fundamental para o futuro do time.
Para recuperar a imagem da seleção brasileira após as
acachapantes derrotas para Alemanha e Holanda na Copa do Mundo, o técnico Dunga
cobrará uma forte concentração da equipe nacional. O comandante exige mais foco
dos seus jogadores nos próximos compromissos da seleção. De acordo com o
treinador, isso será fundamental para o futuro do time.
"O
foco maior tem que ser a seleção. Quando der entrevista, tem que estar com o
chapéu da seleção. O Brasil tem que ter a cara limpa. Tem que ter marketing
pelo futebol, pela qualidade. Falar mais do que acontece no campo do que
extracampo", disparou Dunga em entrevista ao programa Fantástico, da TV
Globo. Por sinal, durante a Copa do Mundo, Neymar deu uma entrevista coletiva
usando um boné da sua grife pessoal.
Os
problemas de marketing, de família, (os jogadores) devem resolver antes ou
depois (de estar com a seleção). Durante 30 dias isso não vai mudar",
continuou Dunga. "Eu acho que em certos momentos a seleção tem que ter
mais privacidade".
O
treinador também foi questionado sobre a parte emocional dos atletas que
estiveram na última Copa do Mundo. Em determinadas situações, como na execução
do hino nacional, muitos deles não se contiveram e choraram copiosamente antes
das partidas.
"Se
criou essa coisa do hino desde a Copa das Confederações. O hino que o torcedor
continuava. É legal, mas quem está ali dentro não pode se emocionar muito. Essa
exposição deve ter atrapalhado. Talvez a equipe tenha sentido um pouco essa
ansiedade que se criou, essa expectativa que tinha que ganhar de qualquer
forma", discursou.
Dunga
disse que ficou perplexo com o revés sofrido diante da Alemanha na semifinal do
Mundial. Mas ele acredita que faltou um ‘chacoalhão' na equipe.
"Senti
o que todos sentiram. Ninguém está acreditando em um apagão. Ninguém espera,
ninguém está preparado. Até o treinador fica perplexo. Mas tem que ter alguém
para dar um berro. Eu não tenho que ficar de melindre de chamar a atenção. Não
tem esse negócio. Se você perder, eu também vou perder. Está faltando um pouco
isso no futebol em geral.
Todos possuem grande exposição, e isso deixa com
medinho de dar bronca, mandar para aquele lugar. Chamar a atenção do
outro", afirmou Dunga, que evitou fazer críticas a Luiz Felipe Scolari,
seu antecessor na seleção brasileira.
"Campeão
do mundo não se discute. Teve a hombridade de tomar as decisões, estava lá para
isso", elogiou.
Para
o técnico, o Brasil não vive o seu pior momento no futebol. "Eu não seria
tão crítico. Temos qualidade, temos que apagar esse resultado que foi atípico.
O futebol brasileiro não está defasado. O problema é que no Brasil o jogador
com 14, 15 anos já vai para Europa. Se você pegar esses que foram, nenhum é
titular absoluto de seu time. O Brasil começa a perder nesse aspecto",
analisou.
Dunga
descartou armar a seleção brasileira em função de Neymar. "O Neymar é uma
referência mundial. Mas a seleção não jogará em função do Neymar. O Brasil tem
que criar uma estrutura para que ele possa ser o diferencial", afirmou.
O
comandante ainda negou que tenha sido agente de jogador. Ele comentou o seu
papel na negociação do meia Ederson, que foi revelada pelo ESPN.com.br, por
meio do jornalista Lúcio de Castro.
"Em
2004, eu parei de jogar futebol. Fui procurado por uma pessoa para apresentar
um investidor. Não é agenciamento, porque fiz uma apresentação e saí fora. O
clube negociou com o empresário", explicou o treinador.
Concordo
literalmente com suas palavras e acrescento mais, o próprio local para a
concentração da Seleção está ultrapassada e escolhido erroneamente, esta cidade
tem uma das maiores precipitações pluviométricas do País, faz muito frio e
tem uma logística de transporte muito ruim e difícil, além de ser um condomínio
onde não existe privacidade. Pena que acabaram de gastar um mundo de dinheiro,
quando se poderia escolher não um local somente, mas, vários (mais de dois),
pois o Brasil é quase um continente.
A própria reforma de nosso futebol deveria
começar por aí, termos vários locais para se usar como centros de treinamento
de atletas de alto rendimento para integrar o nosso futebol. chega de discriminações e casuísmos.
Se
copiar o que a Alemanha fez ou faz é quase impossível, começa na imensidão que
é o nosso País, segundo, os nossos técnicos em sua maioria são pessoas que no
máximo jogaram bola, não tem embasamento cientifico e muito menos condições
monetárias para estarem acima de suas necessidades e realmente promoverem a
mudança de treinamento que necessitamos.
Que temos que promover uma mudança
radical em nosso futebol, isto é visível e necessário, mais como o próprio
Carlos Alberto Parreira fala, "ser engenheiro de obras prontas é fácil, o difícil
é apresentar soluções". Então segue estas para começar, porque temos mais ideias e começaremos a apresenta-las aqui.
Comentário:
Roberto Queiroz.