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20 de julho de 2015

Ele poderia ser o reserva de Ganso, mas é o camisa 10 que enfrenta o SP


O São Paulo joga (jogou e perdeu), contra o Sport Recife, neste domingo, às 16h, na Arena Pernambuco, aquela que pode ser a última partida de Luis Fabiano pelo clube. No meio de campo, vê situação parecida com o próprio camisa 10, Paulo Henrique Ganso, assediado pelo Orlando City – o clube de Kaká nos Estados Unidos. Enquanto isso, no campo adversário encontrará outro camisa 10 que conhece bem: Régis, cria da base são-paulina, foi liberado no ano passado e agora, aos 22 anos, trilha carreira promissora e mostra que poderia ter sido aproveitado no Morumbi.
Régis passou dez anos na base do São Paulo, mas não chegou a atuar em jogos oficiais pela categoria profissional. Em 2013 foi promovido ao elenco principal, mas acabou não tendo chances. Foi emprestado ao Paulista de Jundiaí e, depois, brilhou ao disputar a Série B pelo América-RN – marcou cinco gols e deu quatro assistências em apenas dez jogos.
Em 2014, o São Paulo não quis aproveitar Régis no elenco principal por decisão do técnico Muricy Ramalho e decidiu vender parte dos direitos econômicos do meia a um fundo de investimento. Após assinar com o Chapecoense, o meio-campista marcou oito gols em dez jogos do Catarinense. Logo depois do estadual foi contratado pelo Sport.
Neste 2015 Régis veste a camisa 10 do Sport e tem 33 jogos e seis gols pelo time. No São Paulo, Ganso, que também veste a 10, jogou 27 partidas e marcou um gol.
O início de campanha do Sport no Brasileirão impressionou porque o time treinado por Eduardo Baptista, filho de Nelsinho, não era considerado um dos favoritos ao título. Hoje, o Sport tem os mesmos 24 pontos do São Paulo, que chegou a liderar o torneio.
Hoje o reserva de Paulo Henrique Ganso no São Paulo é o jovem Gabriel Boschilia, 19, que se considera mais ponta direita do que propriamente um meia de armação. Poderia ser Régis se há um ano o departamento de futebol são-paulino tivesse decidido apostar na outra cria das categorias de base. Neste momento, o substituto de Ganso virou cargo importante no clube uma vez que o camisa 10 não tem a permanência garantida.
Ganso é alvo do Orlando City, dos Estados Unidos, que já ofereceu um contrato ao jogador e fez uma sondagem inicial ao São Paulo. O clube norte-americano tenta fazer um acordo com o clube do Morumbi se valendo de uma dívida em relação a pagamentos acordados no contrato de empréstimo de Kaká – segundo relatado por quem vivenciou a negociação com Kaká, o São Paulo não pagou nenhuma das seis parcelas de R$ 400 mil ao Orlando City pelo empréstimo no segundo semestre de 2014. Ainda, deve a receita de bilheteria de um dos jogos de Kaká no Morumbi, segundo acordado em contrato. Outra cláusula não cumprida é um amistoso entre os dois clubes, com arrecadação a ser destinada ao Orlando.
Isso também aconteceu com o Oscar que hoje está na Inglaterra, e quem perde invariavelmente é o clube. Infelizmente, quando não se tem um departamento profissional e com raízes no clube, administrando o departamento de base, acontece isso.  Os técnicos que sofrem rodizio no comando, não podem nem devem ser penalizados e muito menos responsabilizados com isso, pois, dependem unicamente de resultados.

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