Até 2 anos atrás o novo estádio de Wembley era considerado o maior elefante branco do futebol mundial.
Com um custo de construção superior a 1.000 milhões de Euros e depois de ter ultrapassando em mais de 50% o custo inicialmente previsto, as expectativas não eram famosas para a WNSL (Wembley National Stadium Ltd.) a empresa subsidiária da FA (Football Association), responsável pela gestão do recinto.
A gravidade da situação prendia-se principalmente com o empréstimo contraído para a construção do estádio no valor de 545 milhões de Euros e com a necessidade de pagar mais de 30 milhões de Euros em juros todos os anos. Numa altura em que discute em Portugal o que fazer aos estádios sem utilização deixados quase ao abandono depois do Euro 2004, aqui ficam alguns dados sobre a gestão do maior elefante branco do mundo do futebol, que obteve lucros pelo primeiro ano desde a sua construção.
Em 2008 a WNSL obteve receitas totais no valor de 99,3 milhões de Euros (£89,7M), o que depois de contabilizados os custos e despesas no valor de 63,1 milhões de Euros (£57M), levaram a WNSL a apresenta um resultado operacional de 36,2 milhões de Euros (£32,7M) antes de juros e impostos.
Contabilizados os juros e impostos no valor de 29,6 milhões de Euros (€26,8M), o resultado líquido do exercício foi de 6,5 milhões de Euros (£5.9M). Ainda assim o resultado obtido em 2008 significa um aumento de receitas de 26,8 milhões de Euros (£24,2M) em relação a 2007 e um decréscimo dos custos em mais de 10,8 milhões de Euros (£9,8M).
O desafio de aumentar receitas continua em Wembley, desde Março deste ano, o estádio foi palco de 34 eventos, acolhendo mais de 2,5 milhões de clientes. Alguns desses eventos foram; os jogos de qualificação da Inglaterra para o Mundial 2010, a final da Taça da Liga Inglesa, jogos de futebol Americano e vários concertos de bandas internacionais.
Prof. Amir Somoggi
Porque coloquei este artigo aqui, porque os estádios de nossos clubes não são usados para isto (concertos de bandas, convenções, ou outros espetáculos) para gerarem renda, para trazerem uma receita extra e melhorar orçamento dos clubes. Ninguém atenta para isto em nosso estado e talvez até em nosso País.
Vejo isto acontecer há mais de 30 anos no mundo e é uma pena que nossos dirigentes não saibam disso. Como tirar leite de pedra, talvez até saibam, porque falar que no Brasil existe falta de jogadores, de acordo com todos os dados do IBGE e de todos os Agentes Credenciados FIFA ou CBF (como queiram) tem sim, jogadores e “novos” técnicos prontos para entrar no mercado.
O que nos falta, são os dirigentes serem profissionais e não aqueles que saem de conselhos administrativos ou o que é pior, de amizades, de apadrinhamento ou politicagens no clube (usa-se a instituição para seu benéficio próprio)e o resultado é este mesmo, todos os anos a mesma coisa, prejuizos e complicações, como se poderá então trabalhar em algum planejamento para o futuro, quando ele é incerto, ou melhor, não existe.
Não sei até o presente momento de nenhum clube profissional do futebol pernambucano que tenha apresentado um balancete positivo, por favor se alguém souber disso, avise-me.
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