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4 de janeiro de 2010

As 3 recomendações dos governantes Britânicos. O Brasil precisa URGENTE ter algo similar para o bem do futebol profissional.

O “All Party Football Group” (APFG),é um organismo Britânico formado em 2003 e constituído por 150 membros da Câmara dos Comuns e Câmara dos Lordes Britânicos. O grupo de deputados de diversos partidos políticos que se reúne habitualmente com a finalidade de fazer recomendações respeitantes à gestão e administração do futebol Inglês, produzindo um relatório anual onde expressa a sua opinião sobre as linhas a seguir pelos responsáveis do jogo em termos de Governance.

A última lista de recomendações do APFG é abordada muitos dos temas em debate atualmente no futebol mundial e servem para marcar a posição dos governantes Britânicos em relação ao estado do futebol na Premier League e nas restantes divisões. Entre outras, as duas principais recomendações do APFG foram;

[1] A necessidade de criar regulamentos mais apertados que previnam milionários com Romam Abramovich e Malcolm Glazer de tomarem o controle dos clubes de topo do futebol Inglês. O organismo salienta, por exemplo, que o Manchester United antes da posse da família Glazer não tinha dívidas e depois da aquisição passou a ter dívidas de mais de 835 milhões de Euros (645 milhões de Euros no caso do Chelsea e do Abramovich), uma vez que a Malcolm Glazer tal como Abramovich contraiu um empréstimo em nome do clube, para pagar o custo da sua aquisição. O grupo de deputados sugere ainda que os empresários interessados em adquirir clubes, sejam sujeitos à apresentação de um plano financeiro, que inclua métodos e intenções de gestão futuras. Salientam também que quem esta pagando estas aquisições são os torcedores através dos aumentos dos preços dos bilhetes

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[2] Apoio a Platini no plano de banir das competições da UEFA, os clubes que tenham dívidas e a necessidade de criar um sistema próprio, idêntico ao sistema de licenciamento da UEFA por forma a fiscalizar as dívidas dos clubes. Esta medida forçará os clubes e os seus dirigentes a serem mais prudentes com a gestão dos clubes e a gastarem apenas o que podem, sob pena de perderem a sua licença.

[3] Apoio a Joseph Blatter na proposta 6+5 e a necessidade da sua implementação no futebol Inglês. Esta regra defendida há longos meses por Blatter obriga os clubes a fazerem alinhar no onze inicial de cada equipe, pelo menos 6 jogadores nascidos no país onde cada Liga se realiza. A proposta de Blatter tem sido contestada pela União Européia por restringir o movimento livre de trabalhadores nos países da União. No entanto o grupo parlamentar contatou o Secretário de Estado da Cultura Britânico, na intenção de convencer os dirigentes Europeus para a necessidade de criar uma exceção para o futebol.

Mais uma vez a organização institucional dos Britânicos salta à vista e como em tantos outros casos, o futebol Inglês é o reflexo da sua organização. Por mais de uma vez em Portugal foi sugerida a intervenção do Estado/Governo no futebol, por formar e a criar regulamentos de administração e gestão que protejam e fomentem o jogo, desportiva e financeiramente.

Uma vez que os governantes Portugueses têm ao longo dos anos abandonado o futebol nacional, aqui fica a sugestão para terem um papel mais interventivo, através da criação de um grupo de trabalho composto por deputados de todos os partidos representados na Assembléia da Republica, que possam regularmente fazer recomendações sobre a administração e gestão do futebol nacional. O mesmo se aplica à União Européia e os seus dirigentes que parecem não entender que o futebol é uma das maiores indústrias do planeta e necessita de regulamentação excepcional.

Fonte: Futebol Finance.

Pois, parece até que os Portugueses também já sabem que o futebol é um dos maiores negócios do mundo e da maneira que estão deixando correr, as coisas tendem a piorar. No nosso caso, já estamos no vermelho há muito tempo e cada dia que passa assistimos o futebol ser saqueado descaradamente.

Não acho que no caso brasileiro seja recomendável um ”grupo de trabalho” feito por deputados, exclusivamente, até por falta de idoneidade dos mesmos e depois continuaríamos sendo dirigidos por “amadores” da mesma forma. Precisamos ter sim, um conselho formado por pessoas que já estejam ligados ao esporte, como por exemplo, o Senador Cristovam Buarque, que conhece e muito o problema da educação nacional e internacional da criança, o próprio Ministro Orlando Silva, o Ministro do Trabalho que está ligado diretamente a estas novas normas de trabalho do menor, o próprio ZICO, que além de ter sido Ministro, é um atuante no futebol profissional, e logicamente que não deixaria PELÉ fora disto e outras pessoas que estejam ligados ao futebol dentro de uma esfera mais ampla, como o Carlos Alberto Torres, Agentes Credenciados como o Juan Figer e outros. Alguns jornalistas como o Milton Neves e até o Cajurú e outros mais. Também traria convidados da própria Inglaterra, Itália, Alemanha, onde já está em um processo mais adiantado, a orientação e moralização do futebol profissional.

Isto é uma idéia de termos um grupo eclético de pessoas ligado a indústria do futebol, da educação, do trabalho e do esporte em si. Isto seria de uma operacionalidade muito oportuna quando sabemos que dentro de 4 anos teremos uma Copa do Mundo no nosso País, fica aqui nossa modesta idéia para a CBF e o próprio presidente LULA tomarem as rédeas do negócio o quanto antes e tentarem reverter o quadro que temos no Brasil.

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