Páginas

9 de janeiro de 2010

Atirar nos próprios pés, chama-se “PARCEIRIAS”. Grêmio vai tentar segurar Réver com argumento de valorização.


Empresário do jogador viajará para a Europa para ouvir propostas.

O zagueiro Réver, do Grêmio, está em alta no mercado internacional. Assediado pela Lazio, da Itália, o clube começa a armar uma estratégia que possa segurar o jogador no Olímpico por mais um ano.

Mesmo com a cláusula contratual que obrigaria o Grêmio a vender Réver caso surja uma proposta acima de 5 milhões de euros (cerca de R$ 12,4 milhões), o assessor de futebol do clube, Luiz Onofre Meira, pretende sensibilizar os investidores com o argumento de que, com títulos, o zagueiro valorizaria ainda mais.

- Nós temos uma parceria com os investidores. E parceria tem que ser boa para os dois. Nós queremos que Réver saia com faixa de campeão no peito. Ninguém está autorizado a vender o Réver, somente o próprio Grêmio, que tem 55% dos direitos dele. Quem decide a venda é a parte maior. Quem está aqui não vai sair - afirmou ao site "ClicRBS".

O Paulista detém outros 25% dos direitos de Réver e outros 20% cabem a um grupo de investidores. Na próxima semana, o empresário do zagueiro, Fábio Melo, vai para a Europa com a intenção de negociar o jogador com dois clubes.

- O Fábio Melo é procurador do Réver, e não dos interesses dele. Não tem nenhuma autorização para oferecer o jogador na Europa, até porque o Grêmio quer a permanência do jogador - esbravejou Meira.

LANCEPRESS.


Como já venho falando aqui, este negócio do clube querer fazer dinheiro nos direitos contratuais dos atletas, além de irregular é imoral e dá nisto. O clube além de ter colocado uma multa que não condiz com o mercado internacional, não quer transferir o atleta neste momento, que, diga-se de passagem, está consolidando seu nome no cenário do futebol brasileiro.

E finalmente, alguns clubes estão começando a enxergar o horizonte e a entender que a “Lei PELÉ”, Lei “ZICO”, Maguito Vilela e instruções normativas que tentam regulamentar o futebol profissional brasileiro e mundial pela FIFA, se forem cumpridas, teremos uma excelente oportunidade de continuarmos sendo “exportadores” de jogadores e começar a realmente ter uma fonte importantíssima de divisas para o clube.

Ao invés de somente sermos supridores ou meros formadores de jogadores diferenciados e enriquecermos os grandes clubes na Europa e agora em outras regiões, pois a Russia e a Turkia e União dos Emirados Árabes já entenderam isto, agora temos a Koreia, Japão, China e até a Hungria e Austrália querendo uma fatia deste bolo.

Por culpa exclusiva da falta de informação dos nossos dirigentes.

Estamos nivelando o mercado de jogadores por baixo, com esta falta de competência na hora da negociação com o atleta, não se tem parametros do que significa o nome ou mesma a "branding" GRÊMIO no Brasil e no Mundo, como aliás, nenhum clube de nossa 1ª Divisão tem, falta consciência do que representamos dentro do futebol mundial, em sermos o número 1 do mundo (mesmo que o ranking da FIFA exponha erroneamente a Espanha como tal). Se faz um contrato completamente fora da realidade internacional e como se fosse o primeiro do clube, sem acreditar na potencialidade do atleta, naquilo que se contratou, inclusive, deveria se ter em conta que ele seja muito mais do que se espera, dentro do campo, dando certo sua contratação.

E como os clubes estão sempre sem caixa, sem liquidez, para pagar seus encargos mensais, se agarram a esta famosa deixa de vender parte dos seus direitos, aos denominados “PARCEIROS”, que não estão achando ruim, ao contrário cada dia mais no nosso País nasce uma ramificação de grandes empresas que pensa em ter lucros exorbitantes e fáceis, as custas dos dirigentes anadores, e sem comprometimento e além de tudo, possibilitando até a lavagem de dinheiro, e caracterizando o "mercado de escravos" de acordo com a FIFA.

Até quando o Ministério do Trabalho e a própria Polícia Federal vão ficar ao largo, porque não é somente nas propriedades do norte do Brasil, nos desmatamentos ou até nas fazendas de cana de açucar que está a escravidão humana. Sei que as coisas tem que mudar e já, para que possamos dentro de 4 anos sediar a maior Copa do Mundo de futebol com transparência e que o nosso País possa ser exemplo de um futebol bem administrado e com os direitos humanos do jogador, respeitados e assegurados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário