Páginas

20 de novembro de 2011

Tirem o futebol das mãos da FIFA / Take the football of FIFA hands.


Blatter ataca de novo e minimiza racismo. Chega! Alguém precisa agir contra esta figura no comando do futebol mundial.

Como você se sentiria ao ver sua paixão maltratada, explorada, ridicularizada, manipulada? Como você se sentiria ao perceber que aquilo que te empolga por sua essência vira apenas um instrumento imoral de enriquecimento nas mãos de gente como Joseph Blatter?

O presidente da FIFA já devia ter deixado o cargo faz tempo. Mas enquanto se agarra a ele, continua fazendo questão de enojar o mundo com seus comentários infelizes. Em entrevistas a CNN e Al Jazeera, Blatter minimizou a presença do racismo no futebol, negando sua existência e chegando ao cúmulo de afirmar que eventuais ofensas dentro de campo devem ficar para trás com um aperto de mão no fim do jogo.

Enquanto isso, a federação inglesa indiciava Luis Suárez, suspeito de dirigir ofensas racistas a Evra, do Manchester United. E a acusação de Anton Ferdinand a John Terry, capitão do English Team, virou caso de polícia. Em outros países, bananas são jogadas em campo, torcidas imitam macacos - e o mundo do futebol faz de conta que se importa.

Para Blatter, um aperto de mão tem de apagar a mais vil das ofensas, aquela que ataca uma condição intrínseca do ser humano. Para piorar a situação, ao tentar se defender em um comunicado no site da FIFA publicou sua foto ao lado de um negro. O refúgio dos canalhas que negam ser racistas. A versão visual do "como posso ser racista se tenho amigos negros"?

A mesma entidade cujo presidente tolera o racismo tentou, na última semana, impedir que a Inglaterra usasse a flor (poppy) que relembra os mortos de guerra. Para a FIFA, se encaixava na categoria de símbolos "religiosos, comerciais ou políticos" que são proibidos nos uniformes de seleções. Só com a intervenção de gente grande, como o Príncipe William, que a permissão foi concedida. Ainda assim, só nas tarjas negras de luto no braço.

O futebol não pertence a nós. Pertence a essa gente. Que controla o futebol como uma máfia, apagando sem dó aqueles que ousam cruzar seu caminho. Mohammed Bin Hamamm foi banido do futebol por se erguer contra Blatter. O ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol tentou comprar votos para derrubar o suíço na última eleição.

Ora, só uma pessoa pode comprar votos na FIFA sem ser incomodada. E a aclamação de Blatter pelos presidentes de confederações que vivem de suas esmolas foi mais uma cena constrangedora entre tantas. Leia "Jogo Sujo", de Andrew Jennings, e entenda melhor como a FIFA é construída em cima destes pequenos favores, de um tráfico de influências da pior espécie.

Tirar Blatter seria o primeiro passo, mas não é só por causa dele que a FIFA está podre. É o mundinho dos Oliveiras, Havelanges, Teixeiras, Valckes e afins. Bandidos. Daqueles que enriquecem em cima dos clubes que pagam altos salários a seus jogadores, e dos governos que dizem amém e gastam milhões em estádios.

A FIFA é um fracasso. O futebol precisa urgentemente começar de novo, livre do perene desprezo de quem hoje o tem nas mãos. Precisa que gente mais interessada pelo bem do jogo tome a frente. Que os dirigentes de boa intenção (existem?) tenham a força e coragem necessárias para bater de frente, fazendo menos concessões.

Da última manifestação, ou melhor, do último vômito verbal de Blatter, o positivo é a repercussão firme da opinião pública. Dos poucos corajosos do mundo do futebol, como Rio Ferdinand, que confrontou o dirigente no Twitter.

A pressão pela renúncia de Blatter tem de ser firme e constante. Tirem o futebol das mãos dele. E da FIFA.

Tenho certeza de que o Leonardo Bertozzi perdeu-se apenas em um detalhe, as Federações Estaduais, a CBF, a FIFA, não podem ser retirados do futebol, quem deve ser retirados do futebol são seus dirigentes e suas administrações. Estas instituições são imprescindíveis a organização do futebol, seja onde for com decentes e transparentes administrações.

Fonte: Leonardo Bertozzi, Blogueiro do ESPN. Foto: Divulgação.

Comentário: Roberto Queiroz de Andrade. Tradução: Roberto Queiroz de Andrade e Roberto Queiroz de Andrade Junior.

Blatter strikes again and minimizes racism. Enough! Someone must act against this figure at the helm of world football.

How would you feel to see your passion abused, exploited, ridiculed, manipulated? How would you feel when you realize that what excites by its essence becomes immoral only an instrument of enrichment in the hands of people like Joseph Blatter?

FIFA president should have stepped down long ago.
But while still clinging to it, still making a point of disgust the world with his unfortunate comments. In interviews with CNN and Al Jazeera, Blatter played down the presence of racism in football, denying its existence and reaching so far as to say that any offense on the field should be back with a handshake at the end of the game.

Meanwhile, the England Federation indicated Luis Suarez, suspected of directing racist abuse at Evra of the Manchester United.
And a charge to Anton Ferdinand for insulting John Terry, captain of the English Team, became a police matter. In other countries, bananas are thrown on the ground, and t
he football world fake that his care.

For Blatter, a handshake is enough to erase the vilest sins, one that strikes an intrinsic condition of the human being. To make matters worse by trying to defend in a statement on FIFA's website, published his picture next to a black. The refuge of scoundrels who deny being racist. The visual version of "how can I be racist if I have black friends"?

The same entity whose president tolerate racism in the last week, tried to prevent the England of the usage of the flower (poppy) that remembers its war deaths.
For FIFA, fit the category of symbols "religious, commercial or political," which are prohibited in uniform selections. Only with the intervention of great people, like Prince William, that permission was granted. Still, just the black stripe of mourning on the arm.

Football does not belong to us.
Belongs to these people. What controls the football as a mob, mercilessly erasing those who dare cross your path. Mohammed Bin Hamamm was banned from football for standing up against Blatter. The former president of the Asian Football Confederation tried to buy votes to overturn the Swiss in the last election.

Now, only one person can buy votes in FIFA without being bothered.
Blatter and the acclamation of the presidents of confederations of their living begging was another embarrassing scene among many. Read "Foul Play", by Andrew Jennings, and better understand how FIFA is built upon these small favors, influence peddling one of the worst kind.

Blatter would take the first step, but it's not just because of him that FIFA is rotten.
It's the little world of, Oliveira’s, Havelange’s, Teixeira’s, Valcke’s, Blatter’s and the like. They are Bandits. Upon those who enrich the clubs that pay high salaries to their players and governments that say “amen” and spend millions on stadiums and others thinks.

FIFA is a failure.
Football needs to urgently start anew, free from perennial contempt for those who are holding today. Need to have people more interested for the good of the game to take the lead. The leaders of good intention (there exist?) Have the strength and courage necessary to clash, making fewer concessions.

The last manifestation, or rather the last verbal vomiting Blatter, is the positive impact of public opinion firm.
Of the few brave the world of football, such as Rio Ferdinand, who confronted the manager on Twitter.

The pressure for the resignation of Blatter must be firm and constant.
Take football away from him and FIFA.


I'm almost certain that Leonardo Bertozzi, lost only one detail, the States Federations, CBF, FIFA can not be taken out of football, who should be removed from the football are their leaders only with they administration’s. These institutions are essential to football organization, wherever they are with a decent and transparent administration.

Source: Leonardo Bertozzi, ESPN Blogger. Photo: Disclosure.
Comment: Roberto Queiroz de Andrade.
Translation: Roberto Queiroz de Andrade and Roberto Queiroz de Andrade Junior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário