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23 de outubro de 2012

CONTROLE DE GASTOS OU INVESTIMENTOS, PARA MODERAR AS GESTÕES NOS CLUBES / CONTROL OF THE COSTS OR INVESTMENTS TO MODERATE THE MANAGEMENT IN CLUBS


No futebol, alguns clubes apresentam um poder de compra ilimitado. Ou pelo menos apresentavam, uma vez que uma nova era se aproxima na administração das equipes.
A gastança promovida por Chelsea e Paris Saint-Germain, turbinados por bilionários sem perspectiva de retorno num prazo aceitável, acendeu a luz amarela na UEFA sobre a competitividade imposta pela soma vultosa de dinheiro no esporte do Velho Mundo.
A partir disso foi elaborado o Fair Play Financeiro. Criado em 2009, o projeto deverá ser implantado de forma oficial a partir da temporada 2013/2014 (veja aqui).
1) Introduzir mais disciplina e racionalidade nas finanças dos clubes;
2) Diminuir a pressão sobre salários e verbas de transferências e limitar a inflação;
3) Encorajar os clubes a competir apenas com valores das suas receitas;
4) Encorajar investimentos a longo prazo no futebol juvenil e em infraestruturas;
5) Proteger a viabilidade a longo prazo do futebol europeu;
6) Assegurar que os clubes resolvem os seus problemas financeiros a tempo e horas.
Os seis pontos visam evitar a bolha econômica que vem se formando nas últimas temporadas com uma elevação das despesas acima da média.
Por fim, a regra será fundamentada na “punição”, que pode ir da perda de pontos à exclusão de campeonatos, dependendo do modelo de gestão.
Abaixo, o debate promovido pela Universidade do Futebol, com comentaristas, representantes do Ministério do Esporte e profissionais de gestão e marketing.
No Brasil, o primeiro passo deste tipo surgiu no Campeonato Paulista. O clube que chegar a três meses de atraso de salário perderá pontos no torneio.

Você aprovaria essa ideia no futebol pernambucano?

Seria o mesmo que passar um atestado de incompetência aos gestores dos clubes, que mesmo sendo em sua maioria amadores, tem o direito de fazer sua própria gestão e decidir aonde querem ou pretendem chegar. Parece-me uma maneira de limitar os pequenos a continuarem sendo pequenos, os médios continuarem na mesmice e os grandes cada vez maiores, porque só ganha um campeonato Brasileiro quem tem um orçamento maior.

Tem-se sim, é que apertar o cerco para aquelas gestões fraudulentas, e até para os que não sabem administrar (mas pensam que sabem), não se pode punir o bom gestor pelo ruim. É um caso muito complexo que merece ser discutido amplamente, mas acho que deveria começar pela CBF que é a empresa organizadora do futebol Brasileiro - ou, pelo menos, deveria ser.

Quando, no entanto, vemos o contrário: entidades e pessoas que não estão dentro do contexto do texto de um clube pequeno mas tradicional e que espera crescer, limitando seus investimentos ou seus gastos em contratações? Como ele poderá se tornar competitivo, nunca.

Gostaria muito de se ver falar sobre a distribuição dos patrocínios das TVs, por exemplo, dando à todos uma parcela fixa e igual com reajustes de acordo com sua relevância regional. Ao invés de pagar aos grandes clubes do sul e sudeste somente, pois assim limita o futebol brasileiro a essas duas regiões, quando sabemos que o Brasil é muito mais que isso.

Uma das saídas seria a instituição ser orientada para ter uma escola de formação e receber recursos federais para tal, e daí começar a se estruturar, usando e negociando seus próprios jogadores, esse sim, seria de bom alvitre.

Isso é apenas um começo, pois estamos vendo clubes como o Flamengo se endividarem, mesmo tendo mais verbas e contratos do que todos os outros, contratos até públicos e polpudos. Mas ninguém fala nada, pois é o Flamengo, e agora? Temos que ter discernimento e tratar a todos com a mesma medida.

Precisamos ter a CBF como o órgão que deve mostrar e dirigir o futebol como um todo, delimitando poderes. Para ficar apenas fiscalizando não funciona, pelo contrário, só atrapalha e confunde o nosso futebol.

Video link com entrevistados:

Fonte: Blog do torcedor, diário de Pernambuco, Cassio Zírpoli.
Foto: Diversos.
Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.

In football, some clubs have unlimited buying power. Or, at least, was what they showed since a new approach in managing teams appears.

The spending spree sponsored by Chelsea and Paris Saint-Germain, turbocharged by billionaires with no prospect of return within a reasonable time, the yellow light is on,  competitiveness in the UEFA imposed by the sizable sum of money in the sport of Old World.

From this was developed the Financial Fair Play. Created in 2009, the project should be implemented with a official from the season 2013/2014 (see here).
1) To introduce more discipline and rationality in club finances;
2) Decrease the pressure on wages and transfers of funds and limit inflation;
3) Encourage clubs to compete only with values ​​of their revenues;
4) Encourage long-term investment in youth football and infrastructure;
5) Protect the long-term viability of European football;
6) Ensure that clubs solve their financial problems on time.

The six points are intended to avoid the economic bubble that has been forming in recent seasons with a high expenditure above average.

Finally, the rule is based on the "punishment", which can range from loss of championship points to exclusion, depending on model management.

Below, the debate sponsored by the University of Football, with commentators, representatives of the Ministry of Sports and professional management and marketing.


In Brazil, the first step of this kind appeared in the Campeonato Paulista. The club reach three months of salary arrears will lose points in the tournament.

Do you approve of this idea in Pernambuco football?

It will be the same as passing a certificate of incompetence for the managers, mostly of them are amateurs, has the right to make their own management and decide where they want to go. It seems to me a way to limit the small to continue small and the medium to continue in the sameness, and isolate the bigger to grow higher, because you can only win a championship with the best players and higher budget.

They have to pursuit only the fraudulent managements, and even for those who can not manage (but think they know), you can't punish the goods. It's a very complex case that deserves to be widely discussed, but I think that the CBF should start with this.

When, however, we see the opposite, entities and persons who are not within the context of the text with a small but traditional club and expect to grow by limiting their investments or spending on hiring where it can become competitive, anywhere.

I want to see a discussion about the better distribute of the sponsorship of TVs, for example, giving everyone quantitatively and according to their relevance in your region. Instead of paying the big clubs in south and southeastern that only limits the Brazilian football to these two regions, and we know that Brazil is much more than that.

One of the solutions would be directed to the institution to have a training school and receive federal funds to do so, and then begin structuring, negotiating and using their own players, but this would be well advised.

This is just a start, because we are seeing clubs like Flamengo into debt, even with more money and contracts than all others, to public contracts and hefty. But nobody says anything because it is the Flamengo and now? We have to be discerning and treat everyone with the same measure.

We need to the CBF as the organ and directing should show football as a whole, delimiting powers to be overseeing not only works, by contrast, only disturbs and confuses our football.

Source: Blog dos Esportes, Diário de Pernambuco, Cássio Zírpoli. Photo: Diverses. Comment: Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior. 

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