Vitorioso
nas eleições o Flamengo, presidente Eduardo Bandeira de Mello quer promover
choque de gestão no clube rubro-negro; do seu lado, conta com um time de
executivos de peso. Nova
gestão quer que time fique mais parecido com uma empresa para retomar glórias
do passado.
Nesta
segunda, os sócios do Flamengo escolheram seu novo presidente para os
próximos três anos. Sai Patricia Amorim e entra Eduardo Bandeira de Mello, que
chefiou por 25 anos a área de meio ambiente do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social). Sua eleição não marca apenas a entrada de
um novato nos quadros do Flamengo. Ela promete chacoalhar a gestão do rubro-negro, com a colocação de
executivos de peso nos principais cargos administrativos do clube carioca.
Há pouco mais de um mês, Bandeira de Mello era um desconhecido
para os associados. Acabou assumindo a campanha no meio do caminho, no vácuo
deixado por Wallim Vasconcellos. Também egresso do BNDES, o empresário teve a
candidatura impugnada pelo fato de ser sócio do Flamengo há menos de cinco
anos. Bandeira de Mello tem 34 anos de clube.
Se as cabeças mudaram, o discurso da chapa permaneceu o mesmo:
gestão moderna, com a criação de um conselho de administração composto por
empresários. A ideia é replicar o que acontece dentro de uma empresa, colocando
executivos bem remunerados em cargos-chaves - e cobrando pela atuação de cada
um no cumprimento das metas.
Para desatar o nó nas finanças do Flamengo, por exemplo, o
escalado será Carlos Langoni, diretor da Fundação Getúlio Vargas e ex-presidente
do Banco Central. Sua missão não será das mais fáceis.
Segundo levantamento da consultoria BDO Brazil, o time
fechou 2011 com uma dívida de 355,4 milhões de reais, engordada por pendências
fiscais e trabalhistas. Apesar de ser apontado como a equipe de futebol com maior torcida no país - com 30
milhões de rubro-negros -, o Flamengo ficou apenas no quinto lugar entre os
times com maior receita, com 185 milhões de reais embolsados no ano passado.
"Indiscutivelmente ele tem a maior marca do Brasil. É preciso
maximizar seu potencial de ganho", afirma Amir Somoggi, consultor em
marketing e gestão esportiva. Em 2011, metade do dinheiro arrecadado pelo
Flamengo veio da negociação de cotas de TV. A divisão de patrocínio e
publicidade respondeu por 24% desse bolo. Mas o clube está sem patrocínio
master há mais de um ano e meio.
“Com 10% da torcida do Flamengo, o Internacional fatura mais
com royalties e faz um trabalho de gestão de marca muito mais eficiente”, disse
Somoggi. Para equalizar a situação, a nova gestão de marketing ficará sob
gestão de Luiz Eduardo Baptista, que também é presidente da Sky.
Outras áreas estratégicas também tiveram mudanças na linha de
frente. Rodolfo Landim, ex-EBX e sócio da Maré Investimentos, assume a
vice-presidência de patrimônio. Alexandre Póvoa, sócio da gestora europeia
Canepa, será o novo vice-presidente de esportes olímpicos. Para o futebol, a
ideia é eleger um diretor executivo remunerado, ainda sem nome definido.
Dá certo?
Não é a primeira vez que um time elege a profissionalização como
forma de arrumar a casa. No Brasil, o Coritiba resolveu abraçar a causa depois
de ter sido rebaixado em 2009. Vilson Ribeiro de Andrade, atual presidente do
conselho administrativo do clube e ex-CEO do banco HSBC, assumiu a cadeira em
2010 e instituiu um rigoroso sistema de metas. As finanças também passaram por
um pente-fino.
Em dois anos, os associados subiram de 2.500 para 31.000 pessoas.
E o Coxa viu seu faturamento crescer 140%, chegando a 75 milhões de reais. Lá
fora, a ascensão do Barcelona também costuma ser lembrada como exemplo de
reviravolta – e das grandes. Quando assumiu o clube, em 2003, Ferran Soriano
investiu numa reestruturação de peso. As dívidas foram equacionadas e o Barça
passou a ter fluxo de caixa. Foi nessa época que surgiu o slogan "Mais que
um clube", fruto de uma estratégia para colocar o clube na boca do povo.
Tanto deu certo que o cartola acabou escrevendo um livro de gestão
("A Bola Não Entra por Acaso"). Também virou uma espécie de consultor
para o Corinthians a partir de 2007.
Ainda que a realidade de alguns times dê mostras que é possível
atravessar o caminho das pedras, o Flamengo tem, na opinião do consultor Amir
Somoggi, outro inimigo a enfrentar. “Não adianta falar em análises técnicas e
abordagens mercadológicas, se não houver equilíbrio dentro do clube. E o
Flamengo tem um problema crônico que é o seu ambiente político”, pontuou. Longe
das quatro linhas, o novo time de empresários tem três anos para resolver o
problema. Resta saber se ele chegará lá.
Certamente que tem tudo para fazer sucesso, o que resta saber é se
o quadro de conselheiros do clube aprovará a nova administração, e que os que
fazem a politica do caranguejo, deixem este resquício de lado, porque este é um
velho entrave nas modernidades que estas instituições arcaicas e em desuso tem,
mas, precisam mudar, sob pena de fecharem as portas.
O único impedimento que vejo, é que nenhum deles tem entendimento do que é o futebol, dentro ou fora do campo, até porque o futebol tem razões que a própria razão desconhece. Mas assino embaixo, até porque já chegaram no fundo do poço faz tempo.
O único impedimento que vejo, é que nenhum deles tem entendimento do que é o futebol, dentro ou fora do campo, até porque o futebol tem razões que a própria razão desconhece. Mas assino embaixo, até porque já chegaram no fundo do poço faz tempo.
Mas, como já temos mostras de administrações modernas feitas com
sucesso, duvido muito que os sócios conselheiros queiram acabar de enterrar
jogando esta última par de cal neste grande clube do futebol mundial e
brasileiro chamado Flamengo.
Fonte: EXAME. Foto:
Divulgação.
Comentário: Roberto
Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e Roberto queiroz Junior.
Flamengo
victorious in the elections, President Eduardo Bandeira de Mello shock
management wants to promote the club Flamengo, on his side, has a team of
executives weight.
New
management team that wants to be more like a company to regain past glories
On
Monday, members of the Flemish chose their new president for the next three
years. Sai Patricia Amorim and enters Eduardo Bandeira de Mello, who for 25
years headed the environmental area BNDES (National Bank for Economic and
Social Development).
His election marks not only the entry of a newcomer in the
Flemish paintings. She promises to shake up the management of red and black,
with the placement of executives in key management positions weight Club Rio.
A
little over a month, Bandeira de Mello was an unknown for members. Ended up
taking the campaign midway, in the vacuum left by Wallim Vasconcellos. Also
egress from BNDES, the businessman had contested the nomination by being a
member of Flamengo for less than five years. Bandeira de Mello has 34 years of
club.
If
the heads have changed the discourse of the plate remained the same: modern
management with the creation of a board of directors composed of business. The
idea is to replicate what happens within a company, well-paid executives
putting in key positions - and charging for each performance in meeting goals.
To
untie the knot in finance Flamengo, for example, be scaled Carlos Langoni,
director of the Getulio Vargas Foundation and former president of the Central
Bank. His mission is not the easiest.
According
to a survey from consultancy BDO Brazil, the team ended 2011 with a debt of
355.4 million reais, fattened by tax and labor disputes. Despite being touted
as the greatest football team with fans in the country - with 30 million
Flamengo - Flamengo became only the fifth among teams with higher revenues,
with 185 million reais pocketed last year.
"Arguably
it has the biggest brand in Brazil. You need to maximize their earning
potential," says Amir Somoggi, consultant in marketing and sports management.
In 2011, half of the money raised by Flamengo came from trading quotas TV. The
division sponsorship and advertising accounted for 24% of the pie. But the club
is without sponsorship master for over a year and a half.
"With
10% of the fans of Flamengo, Internacional royalties bill with more work and
makes a brand management much more efficient," said Somoggi. To equalize
the situation, the new marketing management will be under the management of
Luiz Eduardo Baptista, who is also chairman of Sky.
Other
strategic areas were also changes in the front line. Rodolfo Landim, former
member of the EBX and Tide Investments, assume the vice presidency equity.
Póvoa Alexander, managing partner of the European Canepa, will be the new vice
president of Olympic sports.
For football, the idea is to elect a paid
executive director, yet unnamed set.
It
works?
It
is not the first time that a team chooses to professionalization as a way to
clean house. In Brazil, Coritiba decided to take up the cause after being
relegated in 2009. Vilson Ribeiro de Andrade, current president of the board of
the club and former CEO of HSBC, assumed the chair in 2010 and instituted a
rigorous system of targets. Finances also went through a fine-toothed comb.
In
two years, members rose from 2,500 to 31,000 people. And Thigh saw its revenue
grow 140%, reaching 75 million. Outside, the rise of Barcelona also usually
remembered as an example of turnabout - and big. When he took over the club in
2003, Ferran Soriano has invested in a restructuring of weight. The debts were
dealt with Barça and now has cash flow. It was then discovered the slogan
"More than a club", the result of a strategy to put the club in the
mouths of the people.
Both
worked the hat ended up writing a management book ("The Ball Do not Come
by Chance"). It also became a kind of consultant to the Corinthians from
2007.
Although
the reality of some teams will demonstrate that it is possible to cross the
ropes, Flamengo has, in the opinion of the consultant Amir Somoggi, another
enemy to face. "We cannot speak of technical and marketing approaches, if
there is balance within the club. And Flamengo has a chronic problem that is
their political environment, "he pointed out. Away from the pitch, the new
team of entrepreneurs has three years to solve the problem. The question is
whether he'll get there.
Certainly
it has everything to succeed, what remains is whether the board of advisory of
the club adopt the new administration, and those who make policy crab, let this
remnant beside, because this is an old obstacle in that modernity’s these
institutions have archaic and unused, but must change, otherwise go to shut the
doors.
The
only impediment or obstacle that I see is that none of them have an
understanding of what are the football, on or off the field, or his ways,
because football has its “reasons that the reason never knows”, but I will sign
down, because the club arrived in a deep pool long time ago.
But,
as we already have samples of modern administrations made successfully, here and abroad, I doubt
very much that the partner’s councilors want to end up, burying they own club, this
last pair of lime in this great institution in world football and called Brazilian "Flamengo".
Source: EXAME. Photo: Disclosure.Comment: Roberto Queiroz.
Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.
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