Em conjunto com o Ministério Público de São Paulo, a Federação Paulista de Futebol discute com a Justiça e com os órgão da Segurança Pública uma maneira para garantir que torcedores brigões fiquem concentrados em um local longe do estádio antes e depois das partidas. A ideia é que a novidade possa ser implantada no ano que vem, funcionando desde o início da próxima edição do Campeonato Paulista.
De acordo com o Coronel Marinho, diretor do departamento de segurança e prevenção da FPF, apesar de o assunto ser complexo, há chance de se concretizar para 2015. Outras tentativas semelhantes fracassaram em outras oportunidades.
"Não é uma coisa fácil de fazer. A gente tem feito conversas com o Ministério Público, com a PM, com o poder judiciário, e temos como meta fazer isso funcionar para o ano que vem, no Campeonato Paulista.
A ideia é que os torcedores proibidos de irem ao estádio fiquem longe nos momentos da partida, concentrados em algum lugar. Precisamos, por exemplo, achar que lugar é esse. Pode ser uma delegacia ou uma base do exército, por exemplo ", afirmou o dirigente, em contato com a reportagem.
Segundo Marinho, além de encontrar um lugar para deixar os impedidos de verem os jogos, é preciso designar quem será o órgão responsável por essa fiscalização. Atualmente, a FPF publica listas quase diariamente com torcedores proibidos de entrarem nos estádios, mas eles continuam frequentando as partidas por uma falta de controle.
"A gente precisa saber quem é o responsável por isso. Se a gente tiver a PM para nos ajudar com isso, será ótimo. Para tudo isso funcionar, precisamos da integração de todos esses órgãos que falei, provavelmente por meio de um convênio, para garantir agilidade nos casos e que eles fiquem todos concentrados em algo especializado", explicou, para o ESPN.com.br.
"Um exemplo: um torcedor em São Bernardo não pode assistir ao jogo. A gente precisa de uma delegacia especializada que cuide disso, primeiro. Ter o nome dele, que o Ministério Público faça um pedido para que a Justiça o impeça de ir ao estádio, que tudo isso aconteça rapidamente e, por último, que ele tenha esse lugar separado para ficar", finalizou.
De acordo com o promotor Roberto Senise Lisboa, a complexidade do tema é o que dificulta a implantação do projeto e que o principal é criar um mecanismo para tornar todo esse procedimento o mais rápido possível.
"A gente tem de fazer que todo esse processo seja rápido. Então, o ideal seria que um pedido do Ministério Público sobre um problema com torcedor fosse visto pela Justiça no mesmo dia e que a decisão dela também fosse dada no mesmo dia. Se a gente conseguir fazer isso, certamente funcionará. Mas não é fácil", disse Lisboa, em contato com a reportagem.
Na semana passada, o presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, também comentou o assunto um dia depois do palmeirense Leonardo da Mata Santos morrer na Anchieta, após uma emboscada na estrada, no dia do clássico contra o Santos.
Armados com enxadas, rojões e facas, torcedores do alviverde tentaram surpreender santistas que se locomoviam em dois ônibus sem escolta policial pela rodovia. Cerca de 150 torcedores participaram da confusão na subida da Serra. Leonardo, de 21 anos, foi atropelado.
"Quem tem que fazer (alguma coisa) é a segurança pública, é a polícia, é o congresso nacional. Essas leis já existem, basta aplicá-las. Como medida preventiva, se aplicar dentro do futebol, vai melhorar.
A necessidade de eliminar esses bandidos é no Brasil inteiro. Estão todos identificados. Vamos tirá-los do futebol. No Rio de Janeiro, a mesma coisa, no Recife, Bahia, estão identificados. Qual a medida?
É uma relação de todos que são problemas e exclui-los do futebol, fazermos com que eles estejam em algum lugar seguro durante as partidas. Assim, não vão fazer nada", disse Del Nero.
"Mis amis", é duro ter que ler tudo isto e depois ler novamente, e ler mais uma vez, e provavelmente ler de novo, e no final saber que ou estão fora de sí ou realmente não sabem o que fazer ou talvez (e isto é o pior), por interesses de QI, tentarem uma ginástica desta. Até parece que o Ministério Público, e a PM, não tem nada para resolver e que estão procurando sarna para se coçar.
Só falta falar que estes bagunceiros, terão direito a um telão, drinques gelados e lanche por conta dos contribuintes.
Pela Mãe dos Meus Filhinhos (plagiando Silvio Luis), precisamos ter resultados mais rápidas e sem tanta burocracia, e menos onerosos, e que realmente funcionem, já não basta termos processos na Justiça com mais de 10 anos na gaveta. a meu ver, tem que pegar o arruaceiro no estádio ou na rua, leva-lo para a Delegacia e ficha-lo, prende-lo como delinquente criminal, e deixa-lo algumas semanas de molho e se for pego novamente, ter uma pena mais severa, mas, que seja executada, nada de solta-lo, depois que o jogo acabar.