Lateral
esquerdo da seleção brasileira na Copa de 1974, Marinho Chagas morreu por volta
das 3h deste domingo no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, na
Paraíba, onde foi internado no sábado após passar mal. Aos 62 anos, ele
foi diagnosticado com uma hemorragia digestiva.
Em
seu site oficial, a CBF informou que seu presidente, José Maria Marin,
"lamenta a morte daquele que foi um grande jogador, a quem admirava pelas
atuações na seleção brasileira, e manifesta os pêsames à família".
A
entidade também acrescentou que, "assim como ocorrerá pela morte do
jornalista Maurício Torres - que aconteceu no sábado -, será observado um
minuto de silêncio nos jogos deste domingo do Campeonato Brasileiro".
Francisco
das Chagas Marinho nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, no dia 8 de
fevereiro de 1952. Começou a carreira profissional no ABC local em 1969, passou
por América-RN e Náutico e transferiu-se para o Botafogo, em 1972.
No
clube carioca, o potiguar brilhou com atuações que o levaram à seleção
brasileira, pela qual disputou a Copa do Mundo de 1974. Vestiu a camisa
alvinegra por cinco anos e foi para o rival Fluminense em 1977.
Em
1979, Marinho Chagas juntou-se a Pelé, Beckenbauer e Carlos Alberto Torres no
New York Cosmos, dos Estados Unidos, onde ainda defendeu o Fort Lauderdale Strikers,
na Florida. Retornou ao Brasil em 1981 e defendeu São Paulo, Bangu, Fortaleza e
América-RN.
Em
1986, voltou aos Estados Unidos para vestir a camisa do Los Angeles Heat e
depois ainda foi à Europa, onde jogou pelo Augsburg, da Alemanha. Foi onde nos
encontramos depois de muito tempo residindo nos EUA, e foi um grande prazer
torna-se amigo deste que foi um dos maiores laterais que o futebol já viu
jogar.
Sempre
espirituoso e alegre Marinho, repetidamente me lembrava de que “Um Rei nunca
perde a Majestade”. Já que quando chegou a Los Angeles os executivos do LA Heat
queriam que ele comandasse e enfrentasse a seleção da Escócia, com um elenco
onde só havia ele, o grande Zé Maria e na outra lateral Getúlio (naquele tempo,
Marinho era o camisa 10), o restante do time era formado por garotos, e ele fingiu bater uma falta (daquelas famosas), e
chutou o chão, inchando imediatamente seu tornozelo e ficando assim fora do
jogo.
E
posso sentar para falar sobre “causos”, do futebol onde ele foi o principal
agente causador, é que o nosso camarada sempre foi de uma espirituosidade inimaginável,
sempre bem humorado e de bem com a vida. Esta é a impressão que guardo de você,
e sei que Deus já tem seu lugar reservado em sua seleção de craques do céu.
Receba
deste seu admirador e camarada, um grande abraço e que descanses em Paz, RIP,
Marinho Chagas. Infelizmente neste começo de dia 1 de Junho, domingo tenho que
escrever esta nota.
Fonte:
Diversas. Foto: Marinho Chagas Brasil Argentina
Copa 1974 - Getty Comentário: Roberto Queiroz.
Left back side
of the Brazilian National team in the
1974 World Cup, Marinho Chagas died around 3am in this Sunday in the Hospital of
Emergency and Trauma in João Pessoa, Paraíba, where he was admitted on Saturday
after getting sick . At age of 62, he was diagnosed with a gastrointestinal
hemorrhage.
In its
official website, the president of CBF Jose Maria Marim, said, " laments
the death of this great player, he admired his performances by the national
team, and expresses condolences to the family."
The
organization also added that, "as occurs for the death of journalist
Mauricio Torres - what happened on Saturday - a minute's of silence will be
observed in this Sunday games of the Championship."
Francisco das
Chagas Marinho was born in Natal, Rio Grande do Norte, on February 8, 1952.
Began his professional career at the local ABC in 1969, went through América-RN
and Nautico Capibaribe of Recife, Pernambuco and moved to Botafogo (Rio de
Janeiro) in 1972.
In carioca
club, Marinho shined with performances that led in to the Brazilian national
team, which competed for the World Cup 1974. Dressed the shirt “alvinegra” (black and white colors), for
five years and went to rival, the Fluminense in 1977.
In 1979,
Marinho Chagas joined Pele, Beckenbauer, Chinaglia, and Carlos Alberto Torres
in the New York Cosmos, in the United States, where he also defended the Fort
Lauderdale Strikers in Florida. He returned to Brazil in 1981 and defended the
São Paulo, Bangu, Fortaleza and América-RN.
In 1986, he
returned to the United States to wear the shirt of Los Angeles Heat and then
even went to Europe, where he played for Augsburg, Germany. That's where we met
(in LA),after a long time living in the U.S, and it was a great pleasure be his
friend because Marinho was one of the biggest players at that position that the
world football has ever seen play.
Always with a
great sense of humor always reminded me that " A King never loses his
Majesty." Because when it came to play at the Los Angeles, the executive of
LA Heat wanted him to commanded a game and face the national selection
of Scotland, with a poor cast (formed by young boys), which only he had the great Zé Maria and at the
other side, Getúlio ( at the time, Marinho was the number 10 ), so he pretended
to hit a foul ( those famous – heavier free kick), and kicked the ground, immediately
his ankle swelling and thereby out of the game.
And I can sit
down to talk about "tales" of football for many hours, where he was
the main causative agent, and that our comrade was always a humorous and
unimaginable wit and always was in good stand about life. This is the
impression that I have of you, and I know that God has already booked your
place in their selection of stars in heaven.
Receive my friend,
from your admirer and comrade, a big hug and lay down in Peace. RIP. Marinho
Chagas. Unfortunately, at this June 1, Sunday I have to write this note.
Source:
Various. Photo: Marinho Chagas at Argentina World Cup in 1974 - Getty